No fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os Estados Unidos deram mostra de seu poderoso arsenal bélico: atacaram, com bomba nuclear, as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki. Após o ataque, Hiroshima ficou completamente destruída e mais de 60 mil habitantes foram mortos no momento da explosão. A bomba, criada pelo físico americano Robert Oppenheimer, causou uma série de enfermidades em grande parte da população, como queimaduras, cegueira, esterilidade, cânceres diversos, problemas genéticos, depressão, dentre outros. A bomba também destruiu o meio ambiente com chuvas ácidas que poluíram rios e plantações. Mediante esse acontecimento, o poeta Vinícius de Moraes escreveu o poema Rosa de Hiroshima. O título do poema advém do aspecto de rosa formado pelo levantamento da fumaça no momento da explosão. A foto abaixo ilustra o que se afirma e auxilia no entendimento do título. Rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas, telepáticas Pensem nas meninas Cegas, inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh! Não se esqueçam Da rosa, da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor, sem perfume Sem rosa, sem nada Disponível em: . Acesso em: 01 jul 2018. Disponível em: . Acesso em: 01 jul. 2018. Relacione as ideias do texto “O pai da bomba atômica”, presente na Coletânea Ética e Tecnologia, o poema de Vinícius de Moraes, a imagem apresentada e analise as afirmativas a seguir: I. O poema reflete, indiretamente, a respeito da falta de limites do homem ao se valer dos avanços da ciência e da tecnologia. A reflexão do poema pode se relacionar com a afirmação de Robert Oppenheimer, dita ao criar a bomba nuclear: “agora eu me tornei a morte”. II. O poema sugere que o leitor faça a comparação contrastiva entre rosa e bomba. A flor, ao desabrochar, exala perfume, embeleza e é oferecida como presente. A bomba, conforme a imagem apresentada, se assemelha a uma rosa, mas ao explodir, exala radioatividade, causa o mal e não possui a validade da flor, ou seja, é uma antirrosa. III. O verso “a rosa hereditária” sugere que os malefícios da bomba se prolongaram após sua explosão. Com base no texto da coletânea, esse verso pode se relacionar com a falta de ética que existe no avanço tecnológico, basta pensar no exemplo de Oppenheimer que se curvou às pressões do governo e colocou seu conhecimento a serviço da guerra, sem avaliar os malefícios. IV. A adjetivação estabelecida para a rosa (radioativa, estúpida, inválida) e para as sobreviventes do desastre (cegas, inexatas, rotas alteradas) recria o cenário de destruição e reforça a ação letal da bomba que destruiu e/ou alterou drasticamente a vida da população de Hiroshima. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I, apenas. Alternativa 2: I e II, apenas. Alternativa 3: II e III, apenas. Alternativa 4: II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV.
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Embora não seja possível ter acesso ao texto “O pai da bomba atômica” ou à imagem, ainda podemos analisar cada item por vez e, ao final, indicar a alternativa de resposta correta:
I. Falso. Não se trata de uma reflexão presente no poema.
II. Verdadeiro. Trata-se da presumível intenção interpretativa do poema.
III. Verdadeiro. Trata-se exatamente do referido.
IV. Verdadeiro. Trata-se exatamente do referido.
Como apenas os itens II, III e IV são verdadeiros, a alternativa correta da questão só pode ser a 4.
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