Português, perguntado por gabrieltorres3315, 2 meses atrás

Nele convido você a comentar a citação abaixo:

“O maior perigo que pode ameaçar o desenvolvimento de uma abordagem do alfabetismo visual é tentar envolvê-lo num excesso de definições. A existência da linguagem, um modo de comunicação que conta com uma estrutura relativamente bem organizada, semdúvida exerce uma forte pressão sobre todos os que se ocupam da ideiamesma do alfabetismo visual. Se um meio de comunicação é tão fácil de decompor em partes componentes e estrutura, por que não o outro? Qualquer sistema de símbolos é uma invenção do homem. Os sistemas de símbolos que chamamos de linguagem são invenções ou refinamentos do que foram, em outros tempos, percepções do objeto dentro de uma mentalidade despojada de imagens. Daía existência de tantos sistemas de símbolos e tantas línguas, algumas ligadas entre si por derivação de uma mesma raiz, e outras desprovidas de quaisquer relações desse tipo” (DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 2015 – p. 15).

Para auxiliá-lo nesta reflexão, segue outro trecho do texto:

“Existe, porém, uma enorme importância no uso da palavra ‘alfabetismo’ em conjunção com a palavra ‘visual’. A visão é natural; criar e compreender mensagens visuais é natural até certo ponto, mas a eficácia, em ambos os níveis, só pode ser alcançada através do estudo”(DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 2015 – p. 16).

Comente as afirmações acima, apresentando argumentos sobre a linguagem visual e seu estudo. Justifique suas escolhas.

Soluções para a tarefa

Respondido por AC1969

O exercício trata do que chama de "alfabetismo visual", um equivalente visual do letramento. Trata-se, neste caso, de discutir como se dá o processo de aprendizado ou desenvolvimento da linguagem visual.

Um dos argumentos citados no excerto é que este aprendizado não deve ser sobrecarregado por regras.
O domínio dos símbolos, como qualquer outra linguagem, pode ser feito por aprendizado intuitivo, diz o excerto, de Donis Dondis.

A proficiência na linguagem visual

A chamada linguagem visual é um código, assim como o verbal e o linguístico, porém baseado em um diferente tipo de referente. Não se trata de letras, mas de imagens.

Teóricos do cinema, como o realizador russo Sergei Eisenstein, ponderaram que a linguagem visual tem uma gramática própria.
No caso de Eisenstein, ele foi um dos que desenvolveram a chamada linguagem cinematográfica.
O teórico canadense Marshall McLuhan também se dedicou ao estudo da linguagem visual.
Ele argumentava, justamente, que embora pareça intuitiva, a linguagem visual envolve domínio de um código que deve ser aprendido.
Os ícones de trânsito, por exemplo, na maioria não são verbais, mas devem ser aprendidos pelos condutores.
As crianças aprendem a reconhecer ícones desde pequenas, de forma concomitante à fala e à alfabetização. O processo é intuitivo.
O conhecimento sobre o ícone do círculo com um ponto no meio e um risco, que indica o botão "Power" nas tevês e celulares, é um exemplo de proficiência que se adquire.