História, perguntado por CaioLosko13, 1 ano atrás

Me dê uma breve explicação sobre a Guerra Civil na Síria, como motivos e como anda a Síria atualmente.

Soluções para a tarefa

Respondido por PedroFlash
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Centenas de pessoas foram retiradas em ônibus e ambulâncias de um enclave dominado pelos rebeldes na cidade síria de Aleppo.

Mas segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a retirada total dos civis e dos rebeldes deve levar dias.

Nesta semana, forças do governo, apoiadas pelos aliados russos, tomaram o controle de quase todas as partes de Aleppo que ainda eram dominadas pelos rebeldes - uma grande vitória para o presidente Bahsar al-Assad.

Enquanto ele anunciava a "libertação" da cidade e dizia que história estava sendo feita, um vídeo com crianças de Aleppo circulava na internet.

A gravação, na qual um grupo de 47 crianças órfãs pede para sair da cidade sitiada e fala sobre seu medo, se transformou em mais um exemplo da dramática situação da população civil no local.

Mas quais as implicações desses últimos desdobramentos? Entenda esse e outros pontos da guerra que, segundo a ONU, já matou mais de 400 mil pessoas e obrigou mais de 4,5 milhões a fugirem.

1. O que está acontecendo em Aleppo e quais as implicações dos últimos desdobramentos?

A cidade tem sido um dos principais campos de batalha entre forças do governo e os rebeldes que querem tirar Assad do poder. Em novembro, as tropas governamentais lançaram um novo ataque e rapidamente retomaram o poder de quase toda a cidade. Nas últimas semanas, elas conseguiram confinar os rebeldes em poucos bairros.

Dezenas de milhares de civis conseguiram escapar, mas a ONU afirma que centenas desapareceram ao tentarem controlar áreas controladas pelo governo e que rebeldes estão impedindo que civis fujam.

Nesta quinta-feira (15), as forças beligerantes acordaram um cessar-fogo no qual os rebeldes e suas famílias poderiam ser levados para outras partes do país controladas por eles. Outro ponto acordado é o de que os feridos seriam levados a hospitais.

Aleppo já foi a maior cidade da Síria, com uma população de 2,3 milhões de habitantes. Também era o centro financeiro e industrial do país.

Em 2011, quando explodiram os protestos contra Assad, a cidade não foi palco de grandes manifestações ou da onda de violência que atingiu outras localidades. Mas no ano seguinte, ela se tornou um campo de batalhas importante após uma iniciativa dos rebeldes para expulsar as forças governamentais.

Aleppo acabou sendo dividida em dois e, nos quatro anos seguintes, se tornou um microcosmo do conflito, simbolizando as fraquezas dos dois lados da guerra e também o fracasso da comunidade internacional para proteger os civis e obter um acordo de paz.

Se Assad de fato retomar totalmente a cidade, isso significa que ele passará a deter o controle das quatro maiores cidades do país. Ele pode esperar que a vitória em Aleppo seja uma bola de neve que desemboque no fim da guerra.

Mas com as forças rebeldes, grupos jihadistas e curdos ainda controlando grandes partes da Síria, pode ser que a guerra continue por muito tempo. Então, há a possibilidade de o conflito se tornar um outro tipo de guerra - em que os rebeldes não estão tentando assegurar territórios, mas sim praticando um tipo de insurgência que ataca e recua rapidamente.

Rebeldes da oposição moderada têm recebido ajuda limitada de potências ocidentais (Foto: Reuters/Goran Tomasevic)

2. Qual era a situação na Síria antes da guerra?

Antes do início do conflito, muitos sírios se queixavam de um alto nível de desemprego, corrupção em larga escala, falta de liberdade política e repressão pelo governo Bashar al-Assad - que havia sucedido seu pai, Hafez, em 2000.

Um março de 2011, adolescentes que haviam pintado mensagens revolucionárias no muro de uma escola na cidade de Deraa, no sul do país, foram presos e torturados pelas forças de segurança.

O fato provocou protestos por mais liberdades no país, inspirados na Primavera Árabe - manifestações populares que naquele momento se estendiam pelos países da região.

Quando as forças de segurança sírias abriram fogo contra os ativistas - matando vários deles -, as tensões se elevaram e mais gente saiu às ruas. Os manifestantes pediam a saída de Assad.

A resposta do governo foi sufocar as divergências, o que reforçou a determinação dos manifestantes. No fim de julho de 2011, centenas de milhares saíram às ruas em todo o país exigindo a saída de Assad.


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