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Por que o corpo é um referente para a construção das identidades pessoais?
Soluções para a tarefa
Porque a alternância entre a função “corpo animal” e “corpo simbólico” – aqui entendido como lugar das operações onde, enquanto se constroem, se tornam visíveis os entendimentos sociais, culturais e políticos de determinada época –, manteve-se na Modernidade, quando a ordem católica cedeu espaço à organização racional do mundo, encabeçada pelo Estado. Aqui, a ligação secular entre beleza e Bem, que devia transparecer através do corpo, foi substituída pela necessidade de tornar visível o status social e a saúde, condições que passaram
a estar relacionadas com o conceito de beleza moderno. A preocupação com a saúde inscreve-se na esperança de ser possível, por meio da aliança entre ciência e tecnologia, dominar os destinos do Homem, evitando a degeneração e a morte, Inquietação que se traduz na idealização de um corpo Imortal e incorruptível, capaz de prescindir da sua
animalidade. Em paralelo com os esforços institucionais, particularmente por meio do dispositivo legal e médico, o indivíduo – agora cidadão – passa a ser responsabilizado pela preservação do seu corpo, sendo sinal dessa preocupação a atenção que se começa a atribuir à dieta, ao exercício físico ou, ainda, à hereditariedade. Michel Foucault (1994)
afirma que a burguesia utilizou a preocupação com o corpo como contraponto ao “sangue azul” da
nobreza, elegendo o corpo saudável e a sexualidade sã como paradigma e fazendo do corpo um capital simbólico e valor político; simultaneamente, a antropologia criminal aponta o perigo de as sociedades degenerarem e as ideias eugénicas avançarem a hipótese de ser proibida a procriação entre dementes, criminosos e “menos capazes”. O texto está cheio de generalizações e simplificações, mas o quadro geral é esse aí mesmo. Se você quiser saber mais, aí você vai ter que LER!