Martin Luther King III, filho do histórico pastor e ativista político Martin Luther King Jr., esteve nesta terça-feira no muro fronteiriço entre Estados Unidos e México, onde criticou as políticas "draconianas" do governo americano que separaram centenas de famílias imigrantes.
Luther King III chegou hoje ao Parque da Amizade, que fica entre a cidade mexicana de Tijuana e San Diego, na Califórnia, na companhia da sua esposa e da sua filha, no dia que em que se lembra o 55º aniversário do famoso discurso "I have a dream" pronunciado por seu pai.
"Este muro atrás de mim se transformou em um símbolo de ódio e divisão, que levou à separação de crianças dos seus pais, pôs em perigo as comunidades fronteiriças e cobrou a vida de pessoas em busca de segurança e liberdade", lamentou o filho do histórico líder do movimento de direitos civis. "Meu pai era um construtor de pontes, não de muros", acrescentou o ativista e defensor dos direitos humanos, que ressaltou que a liderança do seu pai se baseava em "derrubar muros". "Muros de segregação e separação racial, muros de discriminação e divisão, muros de medo e ignorância que foram criados para prevenir a unidade das pessoas de todas as raízes", completou.
Luther King III dirigiu estas palavras no mesmo lugar onde meses antes o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, informou da implementação da política de "tolerância zero" contra a imigração ilegal que derivou na separação de centenas de famílias que chegaram à fronteira sem documentos.
Desde então, o governo dos Estados Unidos separou na fronteira sul 2.654 crianças dos seus pais e, até o momento, ainda com um mandado judicial envolvido, mais de 500 menores não retornaram para suas famílias.
"Não podemos descansar até que todas as crianças sejam reunificadas com seus entes queridos", ressaltou o ativista diante de dezenas de pessoas, entre membros da comunidade de imigrantes e funcionários públicos.
Após seu discurso, Luther King III se dirigiu até a cerca para falar com imigrantes que se encontravam do lado mexicano, na companhia de agentes da Patrulha Fronteiriça.
Pedro Ríos, diretor do Comitê de Amigos Americanos em San Diego, esteve presente nesse encontro e revelou que imigrantes haitianos, que agora vivem no México, contaram ao ativista o que Martin Luther King Jr. significa para eles. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2018.
A partir da notícia apresentada, é correto afirmar que:
Escolha uma:
a.
A partir da declaração de Martin Luther King III fica evidente como as atuais políticas do governo Trump estão em plena concordância com os preceitos de Luther King Jr.
b.
A revelação de Pedro Ríos a respeito dos imigrantes haitianos permite pensar sobre a relevância da militância de Martin Luther King Jr. para além das fronteiras dos EUA.
c.
Ao abordar a questão do muro na fronteira contra o México, Luther King III recupera parte da tradição de luta de seu pai que militou justamente nessa região, no extremo sul dos EUA e no norte do México.
d.
Ao afirmar que as pessoas buscam “segurança e liberdade” Luther King III faz uma crítica aos imigrantes que vão aos EUA esperando que o governo local cuide do que deveria ser responsabilidade individual de cada cidadão.
e.
Ao afirmar "Meu pai era um construtor de pontes, não de muros", o filho de Martin Luther King Jr. faz uma dura crítica ao governo Obama, que se empenhou na construção de muros ao longo da fronteira.
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A revelação de Pedro Ríos a respeito dos imigrantes haitianos permite pensar sobre a relevância da militância de Martin Luther King Jr. para além das fronteiras dos EUA.
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