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A seca nos principais mananciais paulistas e os cortes no abastecimento de água têm provocado uma corrida por poços clandestinos na Grande São Paulo, o que coloca em risco a eficiência das reservas subterrâneas e a saúde dos usuários. Levantamento feito pelo Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas (Cepas) da Universidade de São Paulo (USP) com construtores de poços estima que cerca de 400 perfurações foram feitas na Região Metropolitana somente neste ano.
O uso de poços amplia em 43 milhões de litros o volume de água retirado dos aquíferos por dia, quantidade suficiente para abastecer 150 mil pessoas.
"A corrida para a construção de poços profundos clandestinos é grave, tanto pela possibilidade de esgotamento dos aquíferos, quanto por causa dos riscos aos quais os usuários estão expostos, por não saberem sobre a qualidade da água extraída", afirma o diretor do Cepas, Reginaldo Bertolo. "Não raro, eles apresentam captações em níveis aquíferos relativamente rasos e deficiências construtivas do ponto de vista sanitário, levando o usuário, frequentemente, a captar águas poluídas por esgoto, microrganismos patogênicos e, a depender de sua localização, por metais pesados, muitas vezes em concentrações elevadas, mas imperceptíveis para o paladar."
Segundo Bertolo, a Grande São Paulo tem hoje uma oferta de água subterrânea de 16 mil litros por segundo, ou 1,4 bilhão de litros por dia, volume equivalente ao do Sistema Guarapiranga. Mas 40% desses recursos, que seriam suficientes para atender 1,8 milhão de pessoas, não são usados. Por isso, ele defende um maior aproveitamento da água subterrânea, mas alerta que essa exploração deve ser melhor controlada."O poder público precisa rever seus processos, facilitando e barateando a burocracia para a outorga", diz Bertolo.
Ao menos 85% dos poços artesianos existentes no Brasil são clandestinos, de acordo com a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas). Segundo a entidade, estima-se que o País pode ter cerca de 100 mil poços irregulares. "As águas subterrâneas poderiam ser melhor utilizadas em crises hídricas", disse o secretário executivo da Abas, Everton de Oliveira.
Para o professor Celso Loureiro, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (Desa) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a perfuração correta de poços é uma forma de garantir a qualidade da água subterrânea. "Não é solução do problema em longo prazo, mas um paliativo", disse. (Colaborou Marcelo Portela)
FONTE: Disponível em: < http://www.istoe.com.br/reportagens/388451_COM+SECA+CRESCE+PROCURA+POR+POCOS+CLANDESTINOS+EM+SP?path.... Acesso em: 20 out. 2014. (Adaptado).
É correto apenas o que se afirma em:
a) A qualidade da água dos poços clandestinos não prejudica a população.
b) Não há necessidade de economia no uso da água, pois, caso falte a água recomenda-se a perfuração de poços.
c) Recomenda-se as perfurações de poços, pois a água dos mesmos não compromete a saúde dos usuários.
d) Os poços clandestinos contribuem para o esgotamento dos aquíferos subterrâneos e é um risco a população por causa da falta de qualidade da água que é captada.
e) A água de poços pode ser usada sem restrições pela população.
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Os poços clandestinos contribuem para o esgotamento dos aquíferos subterrâneos e é um risco a população por causa da falta de qualidade da água que é captada.
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