Graciliano Ramos, autor de Vidas secas, é um notório representante da 2ª fase da ficção modernista. Leia com atenção um excerto da obra.
Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco. Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. [...]
[...] Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.
A obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, como outras do mesmo período, traz mais uma vez para a literatura procedimentos já adotados no Naturalismo. Com base na afirmativa anterior, defina e exemplifique, com trechos da obra,
(A) Verossimilhança
(B) Determinismo
(C) Zoomorfismo
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Resposta:
eu cheguei a conclosão que é a letra B)
Explicação:
Pois depois que eu li o texto fui assitir um vidio explicando sobre a materia li um texto e chegui essa conclusão que era a letra b
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