História, perguntado por Aninhaaa2004, 1 ano atrás

Fatores que contribuíram para o fim da ditadura

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Respondido por laurenrocha26
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A ditadura militar não chegou ao fim por causa de nenhuma mobilização popular, mas devido às contradições do próprio regime dos generais. Seu término não ocorreu como resultado de nenhuma sublevação das massas, mesmo que de forma ordeira e pacífica, contra o arbítrio: foi, isto sim, o produto da própria evolução do regime, dividido, desde o primeiro dia do golpe, em "duros" e "moderados". Foram os primeiros, a "linha-dura", representados sobretudo nos governos Costa e Silva (1967-1969) e Emílio Médici (1969-1974), os principais responsáveis - com a ajuda da esquerda armada - pelo prolongamento da ditadura por mais de vinte anos. Por sua vez, foram os "moderados", organizados em torno da Escola Superior de Guerra (ESG) e nos governos Castello Branco (1964-1967) e Ernesto Geisel (1974-1979), os principais responsáveis pela abertura política.

A idéia de devolver o poder aos civis e restabelecer a normalidade constitucional estava presente já no próprio movimento que derrubou o governo esquerdista e populista de João Goulart, em 1964. Naquele momento, é bom lembrar, a totalidade da direita brasileira apoiou o golpe, inclusive a Igreja, a grande imprensa e a classe média. Tratava-se de afastar um governo subversivo e corrupto, que arrastava o País rumo a alguma forma de regime ditatorial de esquerda, e depois retomar a vida. O presidente Castello Branco assumiu prometendo eleições presidenciais em 1965 e deixar o governo em 31 de janeiro de 1966. Após o AI-2, porém, que extinguiu os partidos políticos e anulou as eleições, prorrogando o mandato de Castello, a situação mudou. Em 1967, com a subida ao poder de Costa e Silva, a linha-dura se instala no poder, obrigando-o a decretar, em 1968, o AI-5, que inaugura o período mais sombrio da repressão político-militar. Foi preciso esperar até o aniquilamento da luta armada de esquerda e a ascensão de Ernesto Geisel, em 1974, para que o regime, combalido pela crise do "milagre" econômico que lhe dava sustentação, começasse a dar sinais de esgotamento.

Foi a partir daí que teve início, de fato, a chamada abertura política "lenta, gradual e segura", controlada e levada adiante, desde o primeiro momento, pelo governo. De forma negociada, institucional, planejada, sem qualquer participação popular. É assim que ocorrem os principais avanços democráticos do período: fim da censura (1976), revogação do AI-5 (1978), Anistia (1979), reforma eleitoral (1979), eleições diretas para governadores de estados (1982), até culminar, em 1984-85, na campanha das diretas-já e na eleição - indireta - de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.

Todos esses avanços, todas essas manifestações, só foram possíveis porque os militares as permitiram, em primeiro lugar. Se quisessem, poderiam ter mantido a censura e a repressão, assim como as eleições indiretas. Se não o fizeram, não foi porque estivessem acuados por nenhuma revolta popular generalizada, mas porque a redemocratização era um projeto há muito adiado, que já estava presente no próprio movimento de 64.

A resistência de muitos setores em admitir isso se deve, em parte, ao fato de que a transição política, no Brasil, obedeceu a um paradoxo: foi o governo do presidente pessoalmente mais autoritário e centralizador do ciclo militar, o general Geisel, que enquadrou a linha-dura e deu início ao processo de abertura democrática. E isso não foi feito por meio de consulta popular, de forma democrática: foi com murro na mesa mesmo. O AI-5, por exemplo, passou a ser usado contra os próprios militares contrários à distensão política. Não foi o culto ecumênico na Praça da Sé pela morte de Vladimir Herzog, em 1975, mas o gesto autoritário do general Geisel, que levou à queda do comandante do II Exército e ao enquadramento da extrema direita militar. Por trás desse gesto, não estavam quaisquer considerações humanitárias por parte do general-presidente, mas única e simplesmente a defesa intransigente da hierarquia e da disciplina contra a anarquia militar. Ninguém quer admitir isso hoje em dia, pois seria reconhecer que a transição política, no Brasil, deveu-se mais a um conchavo de generais do que às "grandes manifestações populares", das quais todos se dizem os guias e mentores. Todos querem tirar uma casquinha da redemocratização.

Quando Geisel sai de cena e começa o governo do último presidente militar, o do general João Figueiredo (1979-1985), todas as condições estavam dadas para a redemocratização do País. Tanto que o governo Figueiredo, às voltas com a crise econômica, foi um anticlímax de desmoralização, terminando melancolicamente, pela porta dos fundos.

As denúncias de tortura, os discursos dos parlamentares da ala autêntica do MDB, as publicações da imprensa de oposição e as manifestações populare

A resposta é grande mas espero ter ajudado!

Respondido por letlemos
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Para começar vamos entender porque começou a Ditadura militar. No poder estava o presidente Jango e ele estava tomando medidas de esquerda, aumentando os direitos do trabalhador etc. Só que para a população isso não era algo bom, eles pensavam que ele estava tentando transformar o Brasil em Cuba, fazer uma reforma comunista algo assim e como estava na era da Guerra fria o comunismo era visto como algo horrendo. Então os militares viram que eles teriam apoio da população e decidiram aplicar um golpe e tomaram o governo do Brasil para eles, não teve oposição da parte do presidente e para poupar a população o presidente deixou o poder na mão dos militares, pois se ele tivesse ido contra os militares o Estados Unidos mandaria tropas e então aconteceria a guerra civil, matando muitas pessoas. Lembrando que a ditadura durou mais de 10 anos, os militares não aceitavam a oposição, controlavam o que as pessoas faziam, falavam e pensavam, tirando a liberdade de expressão etc. Então surgem os guerrilheiros que sequestravam líderes, eram da esquerda e contra a ditadura. Quando Geisel toma o poder os militares percebem que não estão mais conseguindo impor a ditadura, então no governo de João Figueiredo ele criou uma lei que “perdoava” os militares e os guerrilheiros fazendo assim com que os militares que ficassem em pune de todas as coisas ruim da qual eles fizeram. Com isso estavam tendo muitos movimentos populares e quase acabando com a ditadura, então eles elegeram indiretamente Tancredo Neves, que não era militar mas estava do lado do militarismo, porém um pouco antes dele tomar o poder ele fica doente e acaba morrendo fazendo assim com que o seu vice presidente tome o poder que no caso foi José Sarney, acabando com a ditadura militar e tomando posse em 1985, os militares não tiveram outra opção a sociedade estava revoltada pois o PIB estava diminuindo e por conta da falta de oposição etc, acabando com o militarismo para a alegria de uns e tristeza de outros.
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