Faça uma resenha sobre o filme as sufragistas
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Resposta:
Este é um dos [muitos] questionamentos que o filme britânico lançado em 12 de Outubro de 2015 “As Sufragistas”, traz para o telespectador. O filme que foi produzido em 2015, teve sua estréia nos cinemas brasileiros na véspera de natal, e é estrelado por Carey Mulligan, além de contar com um grande elenco de apoio, como Helena Bonham Carter, Brendan Gleeson, Anne-Marie Duff e Meryl Streep – que tem uma participação curta, porém, impactante para o enredo. Nos minutos iniciais do filme, temos um pequeno resumo do contexto histórico em que o enredo passaria-se. Primeiramente, temos algumas cenas de mulheres trabalhando nas fábricas, enquanto a narração destas, nos apresenta a uma discussão entre homens no Parlamento, discutindo sobre a crença de que mulheres não possuíam equilíbrio mental para exercer julgamentos em assuntos políticos. Logo após este momento, somos apresentados as incessantes tentativas das Sufragistas de fazerem-se ouvir, com o seguinte resumo: “Por décadas, as mulheres fizeram campanhas pacificas pela igualdade e pelo direito ao voto. Seus argumentos foram ignorados. Em resposta, Emmeline Pankhurst, líder do movimento Sufragista, apelou por uma campanha nacional de desobediência civil. ” Em seguida, nos deparamos com a protagonista, Maud Watts (Carey Mulligan) e sua vida quotidiana. Maud é como muitas mulheres da classe trabalhadora do início do século XX (1912): uma esposa, uma mãe, uma funcionária de uma fábrica. Ela segue um padrão aparentemente tranquilo, até que um dia depara-se em meio a uma confusão causada por algumas mulheres que estavam atirando pedras em vitrines, enquanto clamavam pelo direito ao voto feminino. Uma destas mulheres era Violet Miller (Anne-Marie Duff), uma de suas colegas de trabalho. Estas mulheres faziam parte do movimento Sufragista, ou seja, o grupo de mulheres e simpatizantes que estavam lutando pelo direito do voto feminino. Todo aquele cenário Maud abalada, pois ela está acomodada em sua situação quotidiana, que sem muitos questionamentos, acredita ser natural. É natural para Maud aceitar as péssimas condições de trabalho que lhe são impostas. É natural para Maud acreditar que ela deve ser grata ao patrão que a explora desde a mais tenra infância e chega até mesmo a abusar sexualmente dela e de suas companheiras de jornada. É natural para Maud, sentir-se inferior. No decorrer do filme, podemos observar as péssimas condições de trabalho em que aquelas mulheres eram submetidas, sem contar os inúmeros abusos verbais e sexuais a que estavam expostas. Chegamos a ser apresentados a seguinte afirmação: “Numa lavanderia não se trabalha por muito tempo, se você é mulher. ” Pois ao ficarem incessantemente limitadas ao interior das fábricas ou locais deste gênero, elas sofriam feridas e queimaduras, ou adoeciam por causa de todo o gás. Tudo isto por um péssimo salário. Com tudo isto em mente, podemos compreender ainda mais a ânsia que estas mulheres tinham por liberdade, direito e um tratamento digno. Mas apesar de tudo isso, Maud não se identifica como uma Sufragista. Ela só passa a considerar-se uma Sufragista, quando percebe que a situação chegou a tal ponto, que ela não pode mais fechar os olhos e fingir que nada acontecia.