História, perguntado por luizfernandorod, 1 ano atrás

Explique os aspectos políticos, sociais e religiosos que geram o conflito entre judeus, cristão e muçulmanos que dura até hoje.




Soluções para a tarefa

Respondido por mandre063
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Nos últimos dois anos, o presidente do Irã (país que defende um islamismo radical), Mahmoud Ahmadinejad, fez várias declarações polêmicas contra Israel, inclusive dizendo que o estado judeu deveria desaparecer do mapa e que o holocausto é uma invenção porque, na verdade, nunca aconteceu. Como era de se esperar, essas declarações fizeram com que os mandatários de vários países condenassem as declarações de Ahmadinejad. Ao mesmo tempo, Israel não ficou calado e entre outras manifestações, um dos (eternos) candidatos ao cargo de primeiro ministro, Benjamin Netanyahu, disse que caso fosse eleito, atacaria as instalações nucleares iranianas. Ele (assim como muitos líderes políticos ao redor do mundo) acredita que o que o Irã realmente planeja é construir armas nucleares para atacar Israel e adquirir uma maior hegemonia na região, aproveitando que a situação no Iraque é bastante instável.

Como sabemos, o confronto entre judeus e muçulmanos adquiriu maior expressão com a criação do Estado de Israel, logo depois da Segunda Guerra Mundial. Muçulmanos de todo o mundo nunca conseguiram digerir o que aconteceu ao povo palestino (composto na sua maioria por árabes muçulmanos, mas com uma importante minoria árabe-cristã) que vivia na região há muitos séculos e que, de um momento para outro, se viu destituído de suas casas, propriedades, trabalhos, etc., como conseqüência da chegada dos judeus, apoiados pelas principais potencias da época. Em qualquer conversa com muçulmanos sobre a situação atual do Oriente Médio é quase impossível que esse acontecimento não seja citado. Obviamente, tanto judeus como muçulmanos possuem seus argumentos, uns mais válidos que outros.

O que mais me preocupa, no entanto, é ver que existe uma longa trajetória na escritura e história islâmica contra os judeus e isso dá ainda mais incentivo para que grupos radicais muçulmanos atuem contra Israel e seus aliados. Sob a liderança de Maomé (ao redor do ano 620) cerca de 700 judeus foram executados na cidade de Medina, supostamente por terem traído o exército muçulmano. No entanto, alguns historiadores dizem que a sentença foi tão severa porque os judeus não queriam aceitar Maomé como um profeta. Ao mesmo tempo, nas Suras 2:109, 2:120 e 3:100 do Alcorão, os fiéis muçulmanos são exortados a tomarem muito cuidado com os judeus e cristãos pois, o que eles querem, é desviar os muçulmanos dos caminhos de Deus. Na Sura 5:85, os judeus são mencionados, juntamente com os pagãos, como os piores inimigos dos muçulmanos. Como se isso não fosse suficiente, os muçulmanos (com base nas Suras 7:166, 2:60 e 5:65) acreditam que Deus transformou alguns judeus em macacos e porcos por causa da sua desobediência e que hoje em dia, esses animais que vemos em diferentes lugares podem ser descendentes desses judeus!

 

Se as razões para tamanha desavença entre muçulmanos e judeus fossem somente políticas, provavelmente seria possível uma resolução mais rápida do conflito. No entanto, com os aspectos histórico-teológicos mencionados acima, creio que uma resolução se torna bem mais complexa, principalmente se levarmos em conta que os religiosos judeus também possuem várias razões histórico-teológicas para justificarem o seu enfrentamento com os palestinos.

 

Oremos para que o Senhor dê muita sabedoria aos líderes dos países envolvidos nesses conflitos, neste momento em que a estabilidade mundial está bastante ameaçada pelos conflitos religiosos, étnicos, sociais e geopolíticos que estão afligindo boa parte da humanidade.

Espero ter ajudado :)


leticiasrodri: muito muito muito muitíssimo obrigada tava precisando msm desta resposta
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