Sociologia, perguntado por bryantomaz1516, 4 meses atrás

Explique, como o nacionalismo ideológico lida com as desigualdades lá brasileiras nos dias de hoje. ​

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Respondido por tetispk991
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Explicação:

A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos no fim de 2016, a saída do Reino Unido da União Europeia no mesmo ano – o famoso Brexit –, a possível vitória de Marine Le Pen nas eleições presidenciais francesas no meio deste ano. O que todos esses eventos têm em comum? O ressurgimento de ideias do nacionalismo na contemporaneidade.

Esses valores não são novos: datam no início do século XIX, tendo surgido na Europa e cujos valores foram adotados em todo o globo em diversos momentos históricos. Vamos entender o que é o nacionalismo e como essa ideologia está presente no mundo atual?

O QUE É NACIONALISMO?

O nacionalismo é uma ideologia política, uma corrente de pensamento que valoriza todas as características de uma nação. Uma das formas pelas quais o nacionalismo se expressa é por meio do patriotismo, que envolve a utilização dos símbolos nacionais, da bandeira, de cantar o hino nacional, etc.

Você já reparou que o hino nacional de países diferentes têm elementos muito similares? A letra normalmente ressalta as belezas naturais do país, a sua cultura, a coragem do povo, exalta figuras históricas, faz referência a lutas armadas – exemplos disso são os hinos brasileiro, estadunidense e francês, originados em países bastante diferentes, mas cujos hinos se assemelham.

A ideologia do nacionalismo provém desse sentimento de pertencimento à cultura de um país e de identificação com a pátria. Diferente do patriotismo, que cultua questões mais palpáveis relativas ao Estado – os símbolos, o hino, a bandeira –, o nacionalismo tem um quê mais político.

Um dos ideais nacionalistas é a preservação da nação, na defesa de territórios e fronteiras, assim como na manutenção do idioma, nas manifestações culturais, opondo-se a todos os processos que possam destruir essa identidade ou transformá-la. Existem formas mais extremas de demonstrar esse sentimento nacionalista, que é o ultranacionalismo e/ou o ufanismo, que explicaremos mais tarde.

Foto: ADNews / Reprodução

COMO SURGIU O NACIONALISMO?

Depois da consolidação dos ideais iluministas na França, que valorizavam a ciência e a racionalidade em vez da religião e da espiritualidade, no início do século XIX a população francesa passou a rejeitar o Estado absolutista e monárquico que vigorava em seu país. Por isso, começaram a buscar um governo democrático, em que fossem destacados os ideais democráticos e em que houvesse participação dos cidadãos em primeiro lugar, não de um rei.

Esses valores se espalharam pelo continente europeu e chegaram a países que ainda não estavam consolidados como Estados-nação, como a Itália, a Alemanha, a Bulgária, a Noruega e a Albânia. O historiador Eric Hobsbawn reflete que o nacionalismo despertava um sentimento comum a todas as pessoas que se identificavam com sua nação e poderiam ser mobilizados a explorar esse sentimento com finalidades políticas.

A unificação alemã e a unificação italiana – a Alemanha e a Itália ainda não eram países consolidados em meados do século XIX – foram diretamente influenciadas pelos valores nacionalistas, na busca de uma identidade nacional e da formação de uma nação. Como veremos adiante, o nacionalismo influenciou movimentos extremistas, como o regime nazista na Alemanha, o fascismo na Itália e no Japão.

NO BRASIL JÁ TEVE UMA ONDA NACIONALISTA?

O nacionalismo no Brasil está diretamente relacionado ao período de governo de Getúlio Vargas, principalmente no período da ditadura do Estado Novo, quando era presidente no Brasil. O Estado Novo foi de 1937 a 1945 e tinha como principais características o anticomunismo, o autoritarismo e o nacionalismo.

Vargas incentivava o nacionalismo de diversas formas, desde a implementação de políticas populistas, a utilização de propaganda do seu governo, a extrema valorização do território brasileiro. Economicamente, ele optou por fortalecer – em muitos casos até criar – a economia brasileira, ao diversificar a sua gama de atuação e se fechar para as importações. Também criou grandes empresas estatais no país, como a Petrobras, a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional.

Getúlio Vargas. Foto: domínio público

Ditadura militar e propagandas nacionalistas

Durante o regime militar brasileiro, o nacionalismo também foi bastante incentivado por meio de campanhas ufanistas para conquistar simpatia da população. Assim, surgiram os slogans “Ninguém segura este país” e “Brasil, ame-o ou deixe-o”, além das músicas com refrão “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil”, “Este é um país que vai pra frente (…)”.


bryantomaz1516: obrigadoo >
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