Explique a função do corpo na arte contempo-
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Resposta:
A arte contemporânea, em contrapartida, nada tem contra a arte do passado, nenhum sentimento de que o passado seja algo de que é preciso se libertar e mesmo nenhum sentimento de que tudo seja completamente diferente, como em geral a arte da arte moderna. É parte do que define a arte contemporânea que a arte do passado esteja disponível para qualquer uso que os artistas queiram lhe dar. (DANTO, 2006, p.07)
O processo de identificação da arte contemporânea ganha força a partir da década de 1960 embalada pela arte conceitual. As manifestações e obras de artes vão além da obra plástica e do objeto pronto e acabado, ou da simples contemplação, e para experiência estética e imagética.
Nesse mesmo período se destacam também as linguagens da performance e do happening, onde o corpo ganha cada vez mais espaço nos processos artísticos como elemento na composição. Os artistas já não se importam simplesmente com a linguagem plástica, mas buscam meios de expressão que alcançam e afetam o público de forma mais íntima.
A performance era o meio mais seguro de desconectar um público acomodado. Dava a seus praticantes a liberdade de ser, ao mesmo tempo “criadores” no desenvolvimento de uma nova forma de artista teatral, e “objetos de arte”, porque não faziam nenhuma separação entre sua arte como poetas, como pintores ou como performers. (GOLDBERG, 2006, p.04)
“O que antes era espectador, hoje é o próprio objeto artístico.”
É importante falar de todo o processo que levou a arte a tal conclusão, que se deu por uma série de desdobramentos em sua estrutura e em seu modo de criação. A importância já não está mais na estética em si, mas nas diversas reverberações e imaginários construídos a partir da obra.
Kant defendia a ideia do juízo estético está relacionado ao prazer ou desprazer que o objeto analisado nos imprime e, como se refere Kant, o belo "é o que agrada universalmente, sem relação com qualquer conceito" e também defendia o caráter apreciador do público.
Contudo na arte contemporânea não cabe mais a preocupação na criação de algo belo, e o espectador não está mais em um lugar passivo, de somente julgar; mas o público cada vez mais está inserido a interagir com obra, seja sendo parte dela ou quando seu imaginário é estimulado por ela.
O artista Helio Oiticica teve um papel fundamental nessa nova experimentação da arte que usa o corpo como fluência na arte. Na década de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de "antiarte por excelência", uma pintura viva e ambulante. Essa antiarte que Hélio cita, podemos dizer que é a desconstrução dos conceitos de Kant, que mencionava a arte como objeto estético.
Atualmente fazer um trabalho que evolve o corpo e a obra é comum, no entanto na década de 60 é possível imaginar a sensação de novo que o Parangolé causou no circuito artístico, período o qual o Brasil vivia no auge da ditadura militar. O Parangolé rompeu com toda uma proposta construída pela arte ao logo do tempo.
Resposta: Instrumento de troca; Denominador comum de valores e Reserva de valores.
Explicação: