Encontre uma expressão matemática que permita o cálculo do volume de uma calota esférica ( deixe evidente todos os seus cálculos e teorias adotadas ) .
Usuário anônimo:
Por favor não copiem e colem somente a fórmula do wikipedia '.'
Soluções para a tarefa
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1
Boa noite.
Vou fazer o exercício utilizando tanto o cálculo integral quanto a geometria clássica(Embora ao utilizarmos a última, estaremos assumindo resultados que só podemos provar com o cálculo). Vamos começar com a geometria.
Solução com Geometria Clássica:
Precisaremos das seguintes ferramentas:
I) Sólidos de revolução: Se temos um triângulo ABO, onde O é a origem do sistema cartesiano, gira em torno da reta que possui o lado AO, teremos um sólido de revolução com o volume de um terço do produto do comprimento da altura OH do triângulo pela área da superfície de revolução gerada pelo lado AB. Isso pode ser verificado ao notar que a rotação vai gerar dois cones, e você pode calcular o volume de cada um deles separadamente. A área da superfície da rotação de AB será a área lateral de um cone. Assim, teremos o volume como:
II) Anel Esférico: Um anel esférico é uma superfície delimitada por um arco AB e pelo segmento AB. O volume desse anel será igual ao volume do setor esférico de altura h subtraído do volume do sólido de revolução do segmento AB em torno do eixo. Ao efetuarmos as contas(não farei aqui pois para realizar todas fugiríamos do nosso objetivo), teremos que:
III) Segmento esférico: Tomemos o arco AB em uma esfera. Se tomarmos retas perpendiculares ao eixo da esfera passando por A e B, teremos um segmento esférico. Note que esse segmento pode possuir duas bases ou só uma. O caso só com uma base é de nosso interesse, pois ao ser rodado teremos uma calota. O volume do segmento será o volume do tronco de cone AB rotacionado pelo eixo somado ao anel esférico por AB. Fazendo esses cálculos, teremos:
Com r1 e r2 as distâncias de A e B até o eixo.
Porém, no caso de uma calota, um dos raios será nulo, pois teremos cortado a esfera apenas uma vez, então desconsideraremos um raio da fórmula acima.
Da geometria do primeiro anexo, podemos usar a relação métrica: h² = mn.
Assim,
Substituímos isso na fórmula anterior:
Note que fazer todos os cálculos é possível, mas fica bem demorado. Eu optei por descrevê-los, deixando a parte mais importante à mostra. Note que esse método é bem ruim para deduzir a fórmula, pois precisamos decorar diversas outras fórmulas complicadas por si só e utilizar diversas identidades. Essa fórmula, honestamente, é mais fácil de ser decorada que deduzida a cada uso. Por essa inconveniência, nos lembramos do segundo método...
Solução com cálculo diferencial:
Queremos o volume do sólido ao rotacionarmos a área vermelha do anexo 2 em torno de y, então integraremos com respeito a y, de r - h até r, que são os valores em y que delimitam a área vermelha. Note que a vista da esfera é uma equação da circunferência, e por isso:
Note que se fatiarmos a área vermelha com várias retas paralelas a x, é o mesmo que cortarmos no espaço a figura com planos paralelos a x, e a interseção deles com a esfera será círculos com raios de algum valor x. Da equação da circunferência no plano xy, teremos que esses raios x medem
Agora se fizermos muitos cortes paralelos a x, a cada dois círculos teremos praticamente um cilindro circular(curiosidade: um plano é um cilindro, uma calha ondulada também é um cilindro) de altura muito pequena e volume
Esse raio ao quadrado será nosso valor de x²(como falei anteriormente, x será o raio), e essa altura vou chamar de dy, é a variação da altura entre os dois círculos. Note que queremos o volume de todos esses cilindros de altura muito pequena, então vamos somá-los todos, de r-h até r. Para indicar que estamos somando todas as áreas, vamos usar um S(de soma) deformado, "" . Assim, teremos:
Bons estudos!
Vou fazer o exercício utilizando tanto o cálculo integral quanto a geometria clássica(Embora ao utilizarmos a última, estaremos assumindo resultados que só podemos provar com o cálculo). Vamos começar com a geometria.
Solução com Geometria Clássica:
Precisaremos das seguintes ferramentas:
I) Sólidos de revolução: Se temos um triângulo ABO, onde O é a origem do sistema cartesiano, gira em torno da reta que possui o lado AO, teremos um sólido de revolução com o volume de um terço do produto do comprimento da altura OH do triângulo pela área da superfície de revolução gerada pelo lado AB. Isso pode ser verificado ao notar que a rotação vai gerar dois cones, e você pode calcular o volume de cada um deles separadamente. A área da superfície da rotação de AB será a área lateral de um cone. Assim, teremos o volume como:
II) Anel Esférico: Um anel esférico é uma superfície delimitada por um arco AB e pelo segmento AB. O volume desse anel será igual ao volume do setor esférico de altura h subtraído do volume do sólido de revolução do segmento AB em torno do eixo. Ao efetuarmos as contas(não farei aqui pois para realizar todas fugiríamos do nosso objetivo), teremos que:
III) Segmento esférico: Tomemos o arco AB em uma esfera. Se tomarmos retas perpendiculares ao eixo da esfera passando por A e B, teremos um segmento esférico. Note que esse segmento pode possuir duas bases ou só uma. O caso só com uma base é de nosso interesse, pois ao ser rodado teremos uma calota. O volume do segmento será o volume do tronco de cone AB rotacionado pelo eixo somado ao anel esférico por AB. Fazendo esses cálculos, teremos:
Com r1 e r2 as distâncias de A e B até o eixo.
Porém, no caso de uma calota, um dos raios será nulo, pois teremos cortado a esfera apenas uma vez, então desconsideraremos um raio da fórmula acima.
Da geometria do primeiro anexo, podemos usar a relação métrica: h² = mn.
Assim,
Substituímos isso na fórmula anterior:
Note que fazer todos os cálculos é possível, mas fica bem demorado. Eu optei por descrevê-los, deixando a parte mais importante à mostra. Note que esse método é bem ruim para deduzir a fórmula, pois precisamos decorar diversas outras fórmulas complicadas por si só e utilizar diversas identidades. Essa fórmula, honestamente, é mais fácil de ser decorada que deduzida a cada uso. Por essa inconveniência, nos lembramos do segundo método...
Solução com cálculo diferencial:
Queremos o volume do sólido ao rotacionarmos a área vermelha do anexo 2 em torno de y, então integraremos com respeito a y, de r - h até r, que são os valores em y que delimitam a área vermelha. Note que a vista da esfera é uma equação da circunferência, e por isso:
Note que se fatiarmos a área vermelha com várias retas paralelas a x, é o mesmo que cortarmos no espaço a figura com planos paralelos a x, e a interseção deles com a esfera será círculos com raios de algum valor x. Da equação da circunferência no plano xy, teremos que esses raios x medem
Agora se fizermos muitos cortes paralelos a x, a cada dois círculos teremos praticamente um cilindro circular(curiosidade: um plano é um cilindro, uma calha ondulada também é um cilindro) de altura muito pequena e volume
Esse raio ao quadrado será nosso valor de x²(como falei anteriormente, x será o raio), e essa altura vou chamar de dy, é a variação da altura entre os dois círculos. Note que queremos o volume de todos esses cilindros de altura muito pequena, então vamos somá-los todos, de r-h até r. Para indicar que estamos somando todas as áreas, vamos usar um S(de soma) deformado, "" . Assim, teremos:
Bons estudos!
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