História, perguntado por Kassiamarquesalmeida, 10 meses atrás

Descreva sobre a morte dos cristãos

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Respondido por bibica94
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Resposta:

John Stott

out30 0

Os cristãos e a morte

Posted by Ultimatoonline

Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” (João 11:25-26)

A morte inspira terror em muitas pessoas. O intenso conflito interno de Woody Allen com a morte é bem conhecido. Ele a vê como uma aniquilação do ser e a considera “absolutamente espantadora em seu terror”. “Não que eu tenha medo de morrer”, graceja ele, “apenas não quero estar lá quando acontecer”.1

Outro exemplo é dado pelo americano Ronald Dworkin, o filósofo de direito que tem ocupado cadeiras nas universidades de Londres, Oxford e Nova York. Ele escreveu:

O mais horrível na morte é o esquecimento — a terrível e absoluta morte da luz […]. A morte domina porque não é apenas o começo do nada, mas o fim de tudo.2

Porém, para os cristãos, a morte não é horrível. É verdade que o processo da morte pode ser confuso e humilhante, e a decadência procedente não é agradável. Na verdade, a própria Bíblia reconhece isso ao chamar a morte de “o último inimigo a ser destruído” (1Co 15.26). Ao mesmo tempo, afirmamos que “Cristo Jesus […] destruiu a morte” (2Tm 1.10). Ele a conquistou pessoalmente por sua ressurreição, de tal forma que ela não tem mais autoridade sobre nós. Consequentemente, podemos gritar, em desafio: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1Co 15.55).

A derrota da morte é uma coisa; o dom da vida é outra. Contudo, por causa da dificuldade em se definir a vida eterna, os escritores do Novo Testamento tendem a utilizar o recurso da figura de linguagem. O apóstolo João, por exemplo, descreve o povo de Deus tendo seus nomes inscritos no livro da vida (Ap 3.5; 21.27), gozando de acesso contínuo à árvore da vida (Ap 2.7; 22.2), e bebendo livremente da água da vida (Ap 7.17; 21.6; 22.1, 17).

“Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?” (1Co 15.35). A mesma pergunta (uma pergunta tola, de acordo com Paulo) é frequentemente feita hoje. Nós a respondemos prestando atenção no relacionamento entre uma semente e sua flor. Há uma ligação básica entre as duas (por exemplo, as sementes da mostarda produzem apenas uma planta de mostarda). Mas a descontinuidade é muito mais impressionante. A semente é simples e feia, mas sua flor é colorida e bela. Assim será com nosso corpo ressurreto. Ele preservará certa semelhança com nosso corpo atual, mas terá poderes novos e nunca sonhados (1Co 15.35-44).

Além do mais, de certa forma, o que é verdadeiro a respeito do corpo ressurreto se aplica ao novo céu e à nova terra. Jesus chamou isso de “regeneração” (palingenesia, Mt 19.28). Pois se o corpo deve ser ressuscitado, o mundo deve ser regenerado. E como deve haver uma mistura de ligação e descontinuidade entre os dois corpos, também haverá entre os dois mundos. Toda a criação será liberta da escravidão da decadência (Rm 8.18-25). Essas expectativas são parte da vida eterna que a morte nos trará. E isso é proclamado em muitos cemitérios e lápides: Mors janua vitae — a morte é o portão para a vida.

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