Descreva a crítica feita pela Teoria Crítica à Indústria Cultural
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Theodor Adorno também é autor de importante estudo sobre a chamada "indústria cultural", conceito inovador que foi contraposto ao de "cultura de massa".
O conceito de indústria cultural foi elaborado por Adorno a partir da análise crítica da obra de Walter Benjamin. Partindo da utilização da "técnica" (ciência e tecnologia) na produção e reprodução das artes, em particular aquelas associadas à comunicação social (cinema, rádio, televisão, imprensa e outras mídias), Adorno demonstrou que na sociedade industrial capitalista a produção da arte é explorada como um "bem cultural".
A mercantilização da cultura, transformada em um empreendimento empresarial, tolhe a consciência dos indivíduos e os transforma em meros consumidores de bens culturais. As consequências são muitas, entre elas a homogeneização ou massificação dos gostos a partir da imposição de um estilo de consumo.
Nesse aspecto, não existe cultura de massa, pois é a indústria cultural que determina e impõe à sociedade o consumo de bens culturais. Como um empreendimento capitalista que persegue o lucro, a indústria cultural também cria necessidades de consumo de bens culturais. Assim, o suposto potencial revolucionário ou emancipador de algumas artes, como o cinema, por exemplo, conforme apontam as teses de Benjamin, é flagrantemente criticado no estudo pioneiro de Adorno.
A crítica da indústria cultural, principalmente dos chamados meios de comunicação de massa, se aprofundou nos estudos de Jürgen Habermas, cientista social alemão que integrou a segunda geração de intelectuais filiados à Escola de Frankfurt.