DEBAIXO DA PONTE
Esse texto é:
( ) um conto, e o tema é pessoas que gostam de viver ao ar livre.
( ) uma crônica, e o tema é a exclusão dos direitos da cidadania.
( ) uma notícia sobre mortes por envenenamento.
( ) um texto informativo sobre os perigos de não se saber a procedência dos
alimentos.
2) Quais são as personagens dessa crônica?
3) O que aconteceu com os moradores de debaixo da ponte após a “farta” refeição?
Por que isso aconteceu?
4) Ao terminar o texto com a afirmação “ Há duas vagas debaixo da ponte.”, o narrador
sugere que a tragédia será:
a) revertida
b) repetida
c) transformada
d) averiguada
5) Segundo a Constituição Brasileira, todos os cidadãos são iguais perante a Lei e o artigo
6o garante o direito à moradia. Em sua opinião isso acontece? O que poderia ser feito por
parte dos governantes para garantir o acesso à moradia para todas as pessoas?
emanuellybtssantosfo:
gente me ajudem por favor quem me ajudar marco sua resposta como a melhor, deixo o meu comentário, as 5 estrelas e ainda ganha 12 pontos a mais
Soluções para a tarefa
Respondido por
7
Explicação:
olá tudo bem ?
meu nome é Maria Vitória tem algum texto?
pq sem o texto não da pra dar resposta more
moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio; a ponte é de
todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás,
porque luz e gás não consumiam.
observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer
parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o
vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço
a amigos, recebê-los, fazê-los desfrutar comodidades internas da ponte.
certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro
rancho.
Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos
propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo,
principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da
ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.
exista, o que costuma acontecer dentro de certas limitações de espaço e de lei. Aquela
vinha até eles, debaixo da ponte, e não estavam sonhando, sentiam a presença física da
ponte, o amigo rindo diante deles, a posta bem pegável, comível. Fora encontrada no
vazadouro, supermercado para quem sabe frequentá-lo, e aqueles três o sabiam, de longa
e olfativa ciência.
caça de sal. E havia sal jogado a um canto de rua, dentro da lata. Também o sal existe sob
determinadas regras, mas pode tornar-se acessível conforme as circunstâncias. E a lata foi
trazida para debaixo da ponte. Debaixo da ponte os três prepararam comida. Debaixo da
ponte a comeram. Não sendo operação diária, cada um saboreava duas vezes:
sensação de raridade da carne. E iriam aproveitar o resto do dia dormindo (pois não há
coisa melhor, depois de um prazer, do que o prazer complementar do esquecimento),
quando começaram a sentir dores.
Dores que foram aumentando, mas podiam ser atribuídas ao espanto de alguma parte do
organismo de cada um, vendo-se alimentado sem que lhe houvesse chegado notícia prévia
de alimento. Dois morreram logo, o terceiro agoniza no hospital.
duas vagas debaixo da ponte.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Debaixo da ponte. In: Obra Completa. Rio de Janeiro:
José Aguilar Editora, 1967, p. 896-897.
Respondido por
1
Resposta:
O Texto Se Chama Embaixo da Ponte.
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