Português, perguntado por rayssrocha, 7 meses atrás

criticas de um mangá nome é happiness

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Respondido por pasteldekana
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Resposta:

Happiness é um mangá de terror, e talvez também um romance, escrito e ilustrado por Shūzō Oshimi, que está em lançamento desde fevereiro de 2015. A história gira em torno de Makoto Okazaki, um aluno de ensino médio comum e sem nada demais até o momento em que o mesmo é atacado por uma no meio da noite, que morde o seu pescoço e o transforma em um ser sedento por sangue, um vampiro.

A história, mesmo que comece de maneira ordinária, traz mais atenção não ao fato de que Okazaki se transforma em um vampiro, mas sim ao fato de que o mesmo continua sendo um colegial comum. A necessidade do sangue em sua vida a partir disso não aparece como uma necessidade puramente física de seu corpo, como também como uma necessidade psicológica; o vampiro precisa de sangue como se fosse completamente viciado. Nesse sentido, acompanhamos a constante abstinência de Makoto marcada pela vontade de beber sangue e pela resistência para não beber o sangue em uma tentativa de preservar algum tipo de lado humano que existe dentro de si.

Tais crises, não apenas pelo ponto de vista de Makoto, são representadas de maneira abeirar o surrealismo e expressionismo completo da imagem ilustrada, o que revela o aspecto de obra de manter a ilustração de cada quadro fiel ao ponto do de vista do personagem retratado em questão. A realidade do mangá é completamente flexível ao momento em que ela precisa se adaptar.

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Página 11 do Capítulo 8 de Happiness

Especialmente no capítulo 43, o ponto de vista da obra dá um posicionamento que achei interessante comparado ao resto do mangá. O capítulo em si começa com algumas cenas bem situacionais, que provavelmente devem estar lá como lembretes e recapitulação da história que é difícil de ser acompanhada ao ler os capítulos esperando seus lançamentos, que são mensais. Depois disso, volta para o momento crucial que me chamou a atenção; o redirecionamento da cena para a sede de sangue humana. Enquanto a sede dos próprios vampiros é tratada de forma violenta e conflituosa durante o mangá, por outro lado nos deparamos com os humanos que querem se tornar vampiros, dito pelos próprios como deuses. Na catarse completa dos mesmos, nos deparamos com a cena que me inspirou a fazer esta crítica.

Dançando em volta de uma fogueira, que mais parece uma bomba caindo que acabara de explodir ao tocar o chão, várias pessoas dançam e comemoram sorrindo, festejando a barbárie e se deleitando com ela. Tudo o que era evitado por Makoto nas camadas mais profundas de seu particular é grupalmente comemorado sem sentido lógico algum, ou melhor dizendo, sem nenhuma necessidade de fato física do sangue. Depois de completamente imersos a repulsa do sangue, somos imersos na sua atração. Para cairmos em barbárie, basta apenas um pequeno empurro.

A grande questão de Happiness na verdade está contida nas relações dos personagens e no peso da responsabilidade emocional em nossas vidas. Mesmo que aqui isto não esteja representado, escrevi esta crítica com o objetivo de ressaltar apenas uma das facetas que me chama à atenção na obra; que no caso é a condução e transmissão do ponto de vista da história e como ele pode ser usado como recurso em si para causa algum sentimento do espectador. Happiness é uma grande obra, que consegue dar o peso necessário das pequenas situações existentes no cotidiano.

Explicação:

BJX BABY

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rayssrocha: mano bugou tudo nao tá aparecendo opção de melhor resposta
rayssrocha: e eu tentei a 5 na avaliacao só que nao foi
pasteldekana: ok obrigada, fico feliz por ter tentado (✿^‿^)
rayssrocha: <3 menos treix
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