Question

Considere o seguinte fragmento de texto:

“É predominante em Marx a ideia de que o homem encontra-se alienado em sociedade, e, como tal, não se dá conta das condições materiais nem simbólicas segundo as quais vive. Na sociedade capitalista esta dominação estaria ainda mais exacerbada porque o trabalhador, ao se tornar livre e assalariado, transformou-se em uma mercadoria de fato”.

Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALCÂNTARA, Fernanda Henrique Cupertino. Os clássicos no cotidiano: Auguste Comte, Karl Marx, Aléxis de Tocqueville, Émile Durkheim, Max Weber. São Paulo: Arte & Ciência, 2007. p. 57.

Considerando o dado fragmento de texto e de acordo com os conteúdos e livro-base Fundamentos filosóficos da educação a respeito dos conceitos de alienação e ideologia, analise as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas:

I.( ) Não há possibilidade de superação da alienação, pois esta não é algo que se reflita na prática social concreta.
II.( ) As práticas produtivas que transformam a força de trabalho em mercadoria levam o trabalhador a ser alienado.
III.( ) As ideologias são os conjuntos das crenças e valores elaborados pelos capitalistas e assimilados pela classe proletária.
IV.( ) As ideologias, em sua maioria, servem para reduzir as possibilidades de organização revolucionária do trabalhador.

Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

A F – V – V – V
B V – F – V – V
C
V – V – V – F

D F – V – F – V
E V – F – V – F

Answer 1

Na perspectiva de Marx, são corretas as afirmativas II, III e IV, e I é falsa. É correta a alternativa A.

I é falsa pois a alienação, para Marx, não seria algo natural, mas sim algo que é artificialmente "produzido" pelo modo como o capitalismo se organiza. Uma vez alteradas as bases econômicas, a alienação desapareceria.

II descreve o modo como o trabalhador, separado do propósito com o qual trabalha, se torna alheio aos frutos do seu trabalho (alienação), III  e IV descrevem os usos que as classes dominantes fazem de símbolos e crenças, difundidos por meio da cultura de massas, para impor e perpetuar um modelo que beneficia os poucos em detrimentos dos muitos.