ENEM, perguntado por ren2destefabimbnag, 11 meses atrás

Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos

ligados a variedades da língua portuguesa no mundo e no

Brasil.

Texto I

Acompanhando os navegadores, colonizadores e

comerciantes portugueses em todas as suas incríveis

viagens, a partir do século XV, o português se transformou

na língua de um império. Nesse processo, entrou em

contato — forçado, o mais das vezes; amigável, em alguns

casos — com as mais diversas línguas, passando por

processos de variação e de mudança linguística. Assim,

contar a história do português do Brasil é mergulhar na sua

história colonial e de país independente, já que as línguas

não são mecanismos desgarrados dos povos que as

utilizam. Nesse cenário, são muitos os aspectos da

estrutura linguística que não só expressam a diferença

entre Portugal e Brasil como também definem, no Brasil,

diferenças regionais e sociais.

PAGOTTO, E. P. Línguas do Brasil. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br.

Texto II

Barbarismo é vício que se comete na escritura de

cada uma das partes da construção ou na pronunciação. E

em nenhuma parte da Terra se comete mais essa figura da

pronunciação que nestes reinos, por causa das muitas

nações que trouxemos ao jugo do nosso serviço. Porque

bem como os Gregos e Romanos haviam por bárbaras

todas as outras nações estranhas a eles, por não poderem

formar sua linguagem, assim nós podemos dizer que as

nações de África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam quando

querem imitar a nossa.

BARROS, J. Gramática da língua portuguesa. Porto: Porto Editora, 1957 (adaptado).

Os textos abordam o contato da língua portuguesa com

outras línguas e processos de variação e de mudança

decorridos desse contato. Da comparação entre os textos,

conclui-se que a posição de João de Barros (Texto II), em

relação aos usos sociais da linguagem, revela

A atitude crítica do autor quanto à gramática que as

nações a serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo

tempo, de benevolência quanto ao conhecimento que

os povos tinham de suas línguas.

B atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das

nações sob domínio português, dado o interesse dos

falantes dessa línguas em copiar a língua do império,

o que implicou a falência do idioma falado em

Portugal.

C o desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da

variante padrão da língua grega — em oposição às

consideradas bárbaras —, em vista da necessidade de

preservação do padrão de correção dessa língua à

época.

D adesão à concepção de língua como entidade

homogênea e invariável, e negação da ideia de que a

língua portuguesa pertence a outros povos.

E atitude crítica, que se estende à própria língua

portuguesa, por se tratar de sistema que não disporia

de elementos necessários para a plena inserção

sociocultural de falantes não nativos do português.

Acesso em: 5 jul. 2009 (adaptado).

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Respondido por liviaespecialista
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Letra D: adesão á concepção de língua como entidade homogênea e invariável, a negação da ideia de que a língua portuguesa pertence a outros povos. 
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