Como pode-se diminuir os impactos ambientais negativos causados pela pecuária?
Soluções para a tarefa
Correto descarte de embalagens
Os defensivos são insumos indispensáveis para proteger a lavoura contra doenças e pragas. No entanto, o manuseio inadequado das embalagens pode contaminar o solo, os alimentos e os recursos hídricos. Por isso, é preciso planejar o correto descarte desses recipientes vazios.
Primeiramente, é necessário limpar as embalagens sob alta pressão ou com tríplice lavagem. Esses materiais não devem ser reutilizados para outras funções, mas devem ser entregues na unidade de recebimento indicada pelo revendedor na nota fiscal do produto.
A partir daí, as indústrias coletam as embalagens nessas unidades e dão o fim adequado — seja para incineração, seja para reciclagem.
Florestamento e reflorestamento
A vegetação densa e permanente como a das florestas é capaz de reduzir problemas de baixa fertilidade e o alto potencial à erosão. Além disso, pode recuperar solos já degradados e proteger cursos de água e mananciais.
O florestamento também pode se tornar um ótimo empreendimento econômico em locais em que não é possível cultivar espécies anuais, podendo ser usado para a extração de madeira, lenha, carvão, celulose, látex etc. Nesse mercado, as principais espécies são o pinus e o eucalipto.
Manejo Integrado de Pragas (MIP)
O MIP é um sistema de manejo de pragas que se apropria de técnicas para associar o ambiente à dinâmica populacional da praga, a fim de mantê-la em níveis inofensivos à viabilidade econômica da cultura.
Dessa forma, a prática exige monitoramento e ações constantes para reduzir ao máximo o uso de defensivos. Para isso, são aplicados diversos conhecimentos sobre ecologia, biologia e taxonomia para identificar as pragas e seus inimigos naturais, promovendo um equilíbrio entre a cultura e as plantas.
Quando a densidade populacional atinge um grau que pode gerar prejuízo econômico, as ações são tomadas no sentido de controlar os agentes com base em ações culturais, biológicas, genéticas, comportamentais e, em último caso, com controle químico.
Rotação de culturas
A rotação se refere à ação de alternar as culturas em determinada área de plantio. Essa prática contribui para a fertilidade do solo por meio dos diferentes sistemas radiculares entre as espécies (como gramíneas e leguminosas), melhorando também a drenagem, a diversidade biológica e o controle de doenças e pragas.
O objetivo é reduzir a vulnerabilidade gerada pela monocultura, que extingue do solo os nutrientes e provoca a proliferação de pragas da cultura predominante.
Plantio direto
Nesse sistema, o plantio é realizado sem a aração e a gradagem do solo, evitando ao máximo o revolvimento da área. A semeadura é realizada por meio de plantadeiras que abrem um sulco de profundidade e largura suficientes apenas para inserir e cobrir a semente no solo.
As principais três etapas do sistema de plantio direto consistem em distribuir os restos da cultura anterior no talhão para a formação da palhada, aplicar herbicidas para o controle de daninhas e fazer o plantio.
Integração entre Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF)
Esse sistema combina a criação de animais (pecuária) e o cultivo de espécies arbóreas comerciais, forrageiras e grãos, seja ao mesmo tempo (simultânea), seja uma após a outra (sequencial). Isso permite usar uma única área para produzir o máximo de alimentos possível.
Além dessa vantagem econômica, a ILPF ajuda a recuperar pastagens degradadas, permite maior infiltração de água das chuvas no solo, a reciclagem de nutrientes, o bem-estar animal e a diversificação das atividades da fazenda.
(Agroecológia)