Como a grande crise do capitalismo de 2008 atingiu a poderosa Europa?
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Resposta:
Foi um verdadeiro efeito “bola de neve”, resultando em queda do consumo, diminuição dos lucros e demissões em massa. A quebra do banco Lehman Brothers levou a crise ao auge. Ações despencaram, títulos foram desvalorizados e a população ficou à mercê dos esforços governamentais para mudar a situação.
Dois anos depois, a crise financeira atingiu a União Europeia, com impactos na desvalorização do euro e aumento das dívidas de alguns países, como Grécia, Portugal, Espanha e Itália.
Crise de 2008: resumo
Conhecida como a crise financeira do capitalismo, a problemática foi disseminada ao mundo no dia que ficou batizado como segunda-feira negra. Era 15 de setembro de 2008 quando o banco Lehman Brothers (fundado em 1850) quebrou, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos.
Consequentemente, as bolsas de valores despencaram, fazendo com que os governos de vários países anunciassem planos de socorro à economia, aplicando bilhões de dólares nos bancos.
A causa de toda a problemática se iniciou dez anos antes, em 1998, quando houve uma liberação de créditos desenfreada nos EUA, mesmo para pessoas que não tinham condições de arcar com as parcelas dos empréstimos.
Com um volume muito alto de hipotecas, os bancos uniram os contratos de alto risco aos de baixo, utilizando as garantias (imóveis) como uma forma de investimentos em pacotes vendidos com a promessa de ganhos promissores.
No entanto, os devedores não arcaram com os seus compromissos, causando um efeito dominó que abalou a economia, com desemprego e afastamento dos investimentos.
Nasdaq crise de 2008
Causas e consequências
As causas da crise de 2008 foram:
liberação de crédito sem grandes exigências;
queda na produtividade;
falta de liquidez;
aumento dos juros.
Junto a isso, podemos citar ainda a má avaliação das agências de classificação de riscos, que deram notas elevadas para o investimento de compra dos conhecidos CDO (obrigações de dívida com garantia) vendidos pelos bancos norte-americanos.
Para você ter uma ideia do tamanho do rombo, as dívidas hipotecárias chegaram a atingir US$ 12 trilhões. De olho no montante, inúmeros investidores sonharam em lucrar com a compra dos títulos.
Além disso, a construção civil norte-americana teve um boom em razão da facilidade na conquista de créditos. O problema é que a bolha estourou e ninguém conseguiu administrar a inadimplência.
Assim, os papéis da dívida comprados pelos investidores (títulos) já não tinham grandes garantias, ou seja, as promessas de altos ganhos endossadas pelas agências de classificação de riscos foram nocauteadas.
A consequência desse desastre econômico que colocou em xeque o capitalismo foi desemprego em massa, retração financeira internacional, principalmente na Europa. Com isso, houve o aumento da dívida pública externa por conta da necessidade de empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Somado a isso, outro fato que prejudicou a produtividade foi a queda no valor e nas demandas por commodities (matérias-primas que podem ser estocadas sem perda da qualidade). Uma delas é o petróleo.