Filosofia, perguntado por thalita187, 1 ano atrás

Como a família é estruturada ?

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Respondido por cmartinez11
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Não é raro se escutar que a família é construída a partir das pessoas – pais, filhos, avós, netos, sobrinhos etc. -, ligados por laços culturais, de parentesco sanguíneo ou não. Esta afirmação tem fundamento até certo ponto, pois não existe família sem pessoas. No entanto, é salutar observarmos que é a partir da família biológica, ou melhor, de sua otimização que vai começar a construção e o crescimento das pessoas. Tudo se inicia pela constatação de que a família, muitas vezes, é composta de pessoas tão desiguais, com características psicosociais díspares. O casal, por exemplo, ao criar uma família, reúne duas pessoas que têm histórias diferentes. Nesse particular a família – embora exceções – reúne aspectos constitutivos, como o afetivo, o relacional, o sociológico, o psicológico, o econômico, o cultural e o romântico. Uma família se compõe, entre outros fatores, do afetivo, do biológico e do relacional.
Quando o poeta afirma que dentre as coisas que catalisaram sua vida foi o aconchego do lar paterno, ele está afirmando a força de uma formação psicosocial que se organiza a partir de uma família bem estruturada, capaz de construir pessoas com base no amor, no respeito e na liberdade. Isto não é utopia, pois o inverso é verdadeiro, onde pessoas sem estrutura são fruto de famílias incapazes de qualquer tipo de construção afetiva. Pode haver diferenças, mas a regra é geral. O verbo que move a construção das pessoas é amor, que, como falar, caminhar e trabalhar precisa ser começado, desenvolvido. Trata-se de um verbo ativo que não admite passividade ou acomodação. De fato, amor não é só sentimento, como dizem alguns: “Eu só vou amar quando começar a sentir...”. Não! Deve-se buscar o amor a partir do primeiro passo. Se eu não começo a amar, nunca vou sentir nada.
O amor traz à construção de uma família a compreensão, o apoio, a confiança, a liberdade. Eu e minha mulher sempre dizemos que a gente “se suporta” um ao outro, não no sentido de aturar, mas de “dar suporte” nas diversas circunstâncias de nossa vida. Para que a construção seja sólida, como uma “casa sobre a rocha”, é preciso o interesse e o perdão. Não se trata de uma atitude leviana e comodista. Perdoar, do latim per donare (dar para), é dar alguma coisa a quem precisa. Se alguém me ofende, torna-se meu devedor. Quando o perdôo, a dívida fica quitada. A “matéria-prima” do perdão é o erro do outro. Porque erramos Deus nos dá seu perdão. Nesse particular, perdoar se subdivide em vários atos, como vontade, generosidade e consciência. Na busca da construção das pessoas a partir do contexto familiar, é importante sempre reconstruir (se)." 

Acredito que muitas palavras ditas por ele realmente fazem sentido, mas gostaria de compartilhar o artigo para ter opiniões diversas. A realidade atual nos mostra que não existem famílias desestruturadas e sim famílias que configuram-se de formas diversas e neste contexto de desigualdades e preconceito ler que as famílias precisam ser estruturadas para ter uma formação psicossocial me pareçe que o filósofo não soube se expressar de forma concreta. O que seriam famílias estruturadas e desestruturadas? 
Para ele "famílias sem estrutura são incapazes de qualquer tipo de construção afetiva". Isso seria uma forma de justificar o que a sociedade capitalista cria e recria com suas invensões globalizadas e a luta constante pelo faturamento, sem pensar nas famílias que passam dias sem um prato de comida. Isso seria dizer que estas famílias não são capazes de amar?
Acho fundamental pensarmos a sociedade a partir da lógica capitalista na qual estamos inseridos e sermos capazes de reconhecer as suas causas e não tentar justificar as incapacidades culpando as pessoas, ou intitulando-as de incapazes.
Respondido por analuizasouzadias
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Com pai, mãe e filhos
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