as três principais definições de filosofia que não podemos aceitar inteiramente
Soluções para a tarefa
Engana-se porque imagina que para "ter uma filosofia" basta alguém possuir um conjunto de ideias mais ou menos coerentes sobre todas as coisas e pessoas, bem como ter um conjunto de princípios mais ou menos coerentes para julgar as coisas e as pessoas.
Mas não se engana ao usar essas expressões porque percebe, ainda que muito confusamente, que há uma característica nas idéias e nos princípios que leva a dizer que são "uma filosofia": a ligação entre certas idéias e certos comportamentos, as relações entre essas idéias e esses comportamentos como se tivessem alguns princípios que os unissem ou relacionassem.
1) Visão de mundo: essa definição não consegue acercar-se da especificidade do trabalho filosófico, por isso não podemos aceitá-la como uma definição da Filosofia, mas apenas como uma expressão que contém ou indica alguns aspectos que poderão entrar na sua definição.
2) Sabedoria de vida: essa definição diz de modo vago o que se espera da Filosofia (a sabedoria interior), mas não o que é e o que faz a Filosofia e, por isso, não podemos aceitá-la, mas apenas reconhecer que nela está presente um dos aspectos do trabalho filosófico.
3) Esforço racional para conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada do sentido: essa definição também é problemática, porque dá à Filosofia a tarefa de oferecer uma explicação e uma compreensão totais sobre o Universo, elaborando um sistema universal ou sistema do mundo, mas sabemos, hoje, que essa tarefa é impossível.