As razões para que a poesia exerça apenas um papel decorativo em um livro didático são várias. A principal é que não se ensina gramática, ou análise sintática, por meio da poesia. Já se passaram os tempos em que Camões contribuía para a causa gramatical, fazendo com que a simples menção d'Os Lusíadas causasse arrepios na plateia. E de lá para cá, como se não bastasse a construção elíptica, tão cheia de anacolutos e hipérbatos d'Os Lusíadas, a poesia se tornou ainda menos seduzível pela gramática. É ainda menos passível de ser usada como exemplo. Ao contrário, a poesia é, antes de tudo, o antiexemplo, o oposto do paradigmático e normativo. A poesia causa espanto, subverte os padrões, recria a língua, inventa palavras, torce a sintaxe, utiliza signos não linguísticos. A poesia é antididática.
OLIVEIRA, Luiz Cláudio Vieira de. Quem tem medo da poesia? UFMG. Disponível em: seer.ufmg. Acesso em: 12 abr. 2018.
O autor do texto constrói uma crítica à restrita presença de poesias em livros didáticos, utilizando como argumento uma característica do texto poético, que é a
A liberdade de linguagem. B estruturação em versos. C variabilidade de temas. D sonoridade das rimas. E concisão do texto.
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
Letra a.
Nota-se que o texto acima promove uma verdadeira crítica voltada para a existência de uma liberdade de linguagem em textos que são poéticos.
Esses textos poéticos têm a liberdade de abordar diferentes temas, tratar de diferentes formas a língua, por intermédio de criações lexicais, que envolvem a modificação dos termos, o surgimento dos chamados neologismos. Portanto, o autor está evidentemente revoltado com a liberdade linguística inerente às poesias.
Perguntas interessantes
Matemática,
7 meses atrás
História,
7 meses atrás
Direito,
7 meses atrás
Matemática,
11 meses atrás
ENEM,
11 meses atrás
ENEM,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás