As figuras abaixo são reproduções de retratos de monarcas. A primeira foi feita por Hyacinthe Rigaud em1694 e retrata o monarca francês Luis XIV. A segunda é uma pintura de Dom João VI, rei de Portugal, feitapor Jean-Baptiste Debret, em 1817.a) Descreva as duas pinturas, destacando os recursos que os artistas utilizaram para valorizar a imagem dos monarcas.b) Preste atenção agora nas figuras abaixo, que representam os bandeirantes paulistas. A primeira é doartista Henrique Bernardelli, intitulada Ciclo de caça ao índio, feita em 1923. A segunda é uma esculturaem bronze de Manuel de Borba Gato, feita por Nicola Rollo em 1921.Que semelhança as duas representações dos bandeirantes têm com os quadros dos monarcas europeus?c) Pelo que você estudou no capítulo sobre bandeirismo e sobre a situação da capitania de São Vicente nosséculos XVI e XVII, a imagem do bandeirante mostrada nas pinturas é condizente com a situação dospaulistas e da vila de São Paulo? Explique.d) Note que as duas representações dos bandeirantes são posteriores às pinturas dos monarcas. Porém,as duas foram feitas na mesma época: a década de 1920. Pesquise o que acontecia no estado de São Paulo nesse período.e) Com base em suas pesquisas, procure explicar por que Henrique Bernardelli e Nicola Rollo repre-sentaram os bandeirantes com as características que você observou. Que intenções estariam por trás dessa forma de representação?
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a) Em ambas as figuras os monarcas são retratados em posição de poder, muito semelhantes, inclusive, com a mão esquerda a cintura e a direita segurando um cetro ou um bastão de guerra. Os dois monarcas vestem voluptuosos mantos e têm a coroa descansando a seu lado. Ambos os quadros estão repletos de símbolos de poder.
b) Os bandeirantes estão praticamente na mesma posição dos reis, com uma mão na cintura e a outra segurando o seria seu cetro: armas de fogo. Além disso, os bandeirantes não estão em meio perfil, mas de frente, e naquele retratado em um quadro, em uma cena externa. Também são imagens de poder, mas dessa vez, do poder de um explorador.
c) Essa imagem de poder na qual os bandeirantes são retratados não reflete bem a situação da Vila de São Vicente à época, empobrecida pela crise que a produção açucareira no nordeste acarretara. Os bandeirantes eram trabalhadores marginais, pobres, que viviam do desbravamento da mata para o apresamento de índios e de escravos fugidos, eventualmente buscando alguma riqueza de minério.
d) Na década de 1920, São Paulo vivia sua expansão rumo à prosperidade, com o sucesso da produção de café. A população urbana cresceu notadamente, houve uma modernização da cidade, e a chegada de imigrantes.
e) Representar os bandeirantes como heróis assemelha-se um pouco a representar os reis absolutistas como escolhidos divinos. A imagem de um bandeirante nobre e vitorioso visava legitimar a elite paulistana, justificando sua ascenção como hegemonia econômica.
b) Os bandeirantes estão praticamente na mesma posição dos reis, com uma mão na cintura e a outra segurando o seria seu cetro: armas de fogo. Além disso, os bandeirantes não estão em meio perfil, mas de frente, e naquele retratado em um quadro, em uma cena externa. Também são imagens de poder, mas dessa vez, do poder de um explorador.
c) Essa imagem de poder na qual os bandeirantes são retratados não reflete bem a situação da Vila de São Vicente à época, empobrecida pela crise que a produção açucareira no nordeste acarretara. Os bandeirantes eram trabalhadores marginais, pobres, que viviam do desbravamento da mata para o apresamento de índios e de escravos fugidos, eventualmente buscando alguma riqueza de minério.
d) Na década de 1920, São Paulo vivia sua expansão rumo à prosperidade, com o sucesso da produção de café. A população urbana cresceu notadamente, houve uma modernização da cidade, e a chegada de imigrantes.
e) Representar os bandeirantes como heróis assemelha-se um pouco a representar os reis absolutistas como escolhidos divinos. A imagem de um bandeirante nobre e vitorioso visava legitimar a elite paulistana, justificando sua ascenção como hegemonia econômica.
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