A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, p’ra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.
(MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 300.)
Assinale a alternativa correta em relação ao poema.
(A) Apresenta uma forma regular, o soneto, característica exclusiva da poesia barroca.
(B) A imagem dos braços “abertos” e “cravados” reforça o temor a Deus, manifestado pelo sujeito poético.
(C) O uso de imagens opostas ilustra uma das características típicas do estilo árcade.
(D) O eu lírico expressa um sentimento de repulsa em relação à divindade.
(E) Pelo uso de metonímias, o poema remete à imagem do Cristo crucificado.
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Resposta:
A
Explicação:
apresenta uma forma regular ao soneto
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