Geografia, perguntado por anabeatrizlima42, 8 meses atrás

- A questão do racismo pode ser observada em todas as regiões do país(Estados Unidos) da mesma maneira? Explique.


anabeatrizlima42: pfv é pra amanhã

Soluções para a tarefa

Respondido por giovana04alves
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Explicação:

O economista e filósofo Eduardo Giannetti, autor livro Trópicos Utópicos (Companhia das Letras), defendeu numa entrevista ao jornal O Globo a seguinte tese: “O racismo no Brasil tem uma natureza social, e não de raças”. Ele acrescenta que se trata de algo completamente diferente, por exemplo, do racismo norte-americano, onde houve uma “separação monstruosa”. Giannetti reconhece que o “abismo social” no Brasil – e não só aquele entre brancos e negros – é enorme e permeado de preconceitos. Mas, ao mesmo tempo, defende que a característica de tal racismo é sobretudo social.

Ele atribui a essa diferença do racismo brasileiro ao fato de que os colonizadores portugueses terem convivido com árabes durante séculos, o que lhes deu know how em relação às diferenças, “o que não ocorreu com os anglo-saxões”.

Será que isso quer dizer que o racismo vivido no Brasil é menos grave? Não. O fato de ser um racismo social não deixa de ser monstruoso e deve ser combatido com a mesma força com que Martin Luther King condenou o racismo de segregação nos Estados Unidos. O lado bom, se é possível usar esse adjetivo em um assunto tão terrivelmente desumano, é que por ser um racismo bem mais social, é mais fácil combatê-lo através de uma campanha cultural e política.

Para isso, é urgente que se coloquem todas as forças a serviço de uma melhor escolaridade para os brasileiros negros, algo que castiga os mais pobres, discriminando-os e relegando-os aos trabalhos mais “inferiores”. É urgente que se aprofunde, desde a escola, o conceito de que não existem raças, mas sim etnias, todas elas igualmente humanas, igualmente ricas e dignas de respeito.

Se é certa a tese de Giannetti de que o racismo brasileiro é fundamentalmente social, existe até a possibilidade, como ele afirma em seu livro, de que o Brasil possa ser hoje no mundo uma alternativa e até uma “utopia de civilização”, que poderia ser oferecida ao mundo em um momento de obscuridade e ameaças de novas barbáries que degradam a Humanidade.

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