“A passagem do estruturalismo para o pós-estruturalismo em parte é, como o próprio Barthes disse, uma passagem da ‘obra’ para o ‘texto’. Ela deixa de ver o poema ou o romance como uma entidade fechada, equipada de significações definidas que são tarefa do crítico descobrir, para um jogo irredutivelmente pluralístico, interminável, de significantes que jamais podem ser finalmente apreendidos em torno de um único centro, em uma essência e significação únicas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 208.
Tendo em vista a citação dada e os conteúdos do texto-base A literatura vista da margem: os heróis pós-estruturalistas, analise as seguintes proposições sobre o posicionamento de Roland Barthes quanto à ideologia literária:
I. A literatura dita “realista” disfarça ou forja a natureza socialmente relativa da linguagem.
PORQUE
II. A linguagem construída como natural erige uma realidade que também é tomada como natural, instaurando um padrão e deturpando o referente.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
A
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira.
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira.
C
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E
As asserções I e II são proposições falsas.
Soluções para a tarefa
Olá!
A alternativa D é a que melhor se aplica como correta.
Bem, Barthes dialogou sobre a mudança da semiologia como uma forma de mudar o significado da linguagem, interagindo com o pensamento dos pós-estruturalistas, esses que consideravam a realidade como uma construção social.
Deste modo, a abordagem acaba sendo mais aberta no que diz respeito à diversidade de métodos, onde o pós-estruturalismo não pode ser simplesmente reduzido a um conjunto de métodos, pois existem diversas formas de exemplificar essa realidade.
Até mais!
“A passagem do estruturalismo para o pós-estruturalismo em parte é, como o próprio Barthes disse, uma passagem da ‘obra’ para o ‘texto’. Ela deixa de ver o poema ou o romance como uma entidade fechada, equipada de significações definidas que são tarefa do crítico descobrir, para um jogo irredutivelmente pluralístico, interminável, de significantes que jamais podem ser finalmente apreendidos em torno de um único centro, em uma essência e significação únicas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 208.
Tendo em vista a citação dada e os conteúdos do texto-base A literatura vista da margem: os heróis pós-estruturalistas, analise as seguintes proposições sobre o posicionamento de Roland Barthes quanto à ideologia literária:
I. A literatura dita “realista” disfarça ou forja a natureza socialmente relativa da linguagem.
PORQUE
II. A linguagem construída como natural erige uma realidade que também é tomada como natural, instaurando um padrão e deturpando o referente.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0
A
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira.
“O próprio Barthes admite uma ideologia literária que corresponde a certa ‘atitude natural’ e o seu nome é ‘realismo’. A literatura realista disfarça ou forja a natureza socialmente relativa ou construída da linguagem: ‘ela contribui para confirmar o preconceito de que existe uma forma de linguagem ‘ordinária’ que por vezes é natural. O problema é, para Barthes, que essa ‘linguagem natural’ traz o rótulo de que a realidade é assim, ou seja, de que o que está ali escrito é como é na realidade, o que deturpa a própria realidade e instaura um ‘padrão’ de realidade. Esse signo como ‘representação’, ‘reflexo’ nega o caráter produtivo (Foucault) da linguagem [...]” (texto-base A literatura vista da margem..., p. 96).
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira.
C
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
Essa e verdadeira
E
As asserções I e II são proposições falsas.