"A noite estava estrelada. Quando a roda se formou. A lua veio atrasada. E o samba começou. Um tiro a pouca distância, no espaço, forte, ecoou. Mas ninguém deu importância. E o samba continuou. Entretanto, ali perto. Morria de um tiro certo. Um valente muito sério. Professor dos desacatos. Que ensinava aos pacatos o rumo do cemitério. Chegou alguém apressado, naquele samba animado. Que cantando assim dizia: ‘No século do progresso o revólver fez ingresso pra acabar com a valentia".
Após conhecer toda a letra da canção de Noel Rosa, seria legal você escutá-la. Em seguida, analise de que forma ele está sendo crítico ao progresso e qual o contraponto que ele estabelece com o malandro valente.
Qual o papel representado pelo revólver (inventado em 1835) nesse contexto?
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A criticidade de Noel Rosa está presente na descrição de uma roda de samba que continua com a sua diversão e entretenimento ainda que uma morte tenha ocorrido próximo à ela. Portanto, critica-se o progresso do século o qual traz consigo a morte.
O revólver nesse contexto pode representar o seu uso indevido. O Samba praticado nas periferias sofreu preconceito por ser proveniente da comunidade negra e suburbana, assim, a invenção do revólver e a falta de uma legislação apropriada para a época estimulou a morte de pessoas vítimas do preconceito.
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