A literariedade, conceito que remete à especificidade dalinguagem literária, vem sendo discutida por teóricos ecríticos, tal como se verifica nos textos a seguir.Texto 1A literariedade, como toda definição de literatura,compromete-se, na realidade, com uma preferênciaextraliterária. Uma avaliação (um valor, uma norma) estáinevitavelmente incluída em toda definição de literaturae, conseqüentemente, em todo estudo literário. Osformalistas russos preferiam, evidentemente, os textos aosquais melhor se adequava sua noção de literariedade, poisessa noção resultava de um raciocínio indutivo: elesestavam ligados à vanguarda da poesia futurista. Umadefinição de literatura é sempre uma preferência (umpreconceito) erigida em universal.Antoine Compagnon. O demônio da teoria: literatura esenso comum. Trad. Cleonice P. Barros e ConsueloF. Santiago. Belo Horizonte: UFMG, 2003, p. 44.Texto 2Literariedade: termo do formalismo russo(1915-1930), que significa observar em uma obra literáriao que ela tem de especificamente literário: estruturasnarrativas, rítmicas, estilísticas, sonoras etc. Foi a tentativade especificar o ser da literatura, propondo umprocedimento próprio diante do material literário.Os formalistas trabalharam, portanto, um novo conceitode história literária, e foram, digamos assim, a base parao comportamento estruturalista surgido na França.Samira Chalub. A metalinguagem. 4.ª ed.São Paulo: Atica, 1998, p. 84 (com adaptações).A partir da interpretação dos textos acima, assinale aopção correta.A Para os dois autores, a literariedade revela o ser daliteratura, algo que a diferencia da linguagemcotidiana.B Os dois autores afirmam que o conceito deliterariedade é histórico, marcado pelo momento emque foi formulado.C Compangnon questiona a concepção dos formalistasrussos de que há especificidade universal nalinguagem literária.D Chalub, em seu texto, discute o conceito deliterariedade, seu alcance e seus possíveis limites.E Infere-se dos dois fragmentos que literariedade é umconceito que está acima de escolhas subjetivas,culturais ou sociais.
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C. Compangnon questiona a concepção dos formalistas russos de que há especificidade universal na linguagem literária
Para Antoine Compagnon o conceito de literalidade está ligado a uma escolha extraliterária. O autor quis dizer que os formalistas russos sempre terão uma preferência.
Portanto os formalistas escolhiam os textos que eram mais adequados para a literalidade. Demonstrando assim a sua preferência.
Por isso Compagnon acredita que essa escolha é indutiva, já que eles selecionavam a partir da ideia que concordava. O autor descreve como um "preconceito".
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Segundo Compagnon, para os formalistas russos, há uma especificidade universal na linguagem literária, que permite um raciocínio dedutivo.
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