A linha do tempo de Tarcila do Amaral.
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Tarsila do Amaral iniciou sua pintura, influenciada pelo conservadorismo com que o modernismo, do qual ela mesma se tornaria mestra, rompeu mais tarde. A própria artista comentou em entrevistas que os seus primeiros professores a ensinaram que não deveria usar demasiado as cores, nem fazer representações de qualquer coisa que fosse caipira como os temas populares.
A obra de Tarsila, no entanto, já na sua primeira fase, a Pau-Brasil, rompe completamente com qualquer tipo de conservadorismo e enche-se de formas e cores ao exemplo de tudo que a artista havia visto na sua viagem de "redescoberta do Brasil" com os seus amigos modernistas. Suas obras nesse período, que se inicia em 1924, refletem além de tudo temas tropicais brasileiros, a exaltação da fauna, flora, as máquinas, os trilhos símbolos da modernidade urbana que contrastavam com a riqueza e diversidade de todo o país.
Fase Pau Brasil - O Postal, 1928, Tarsila do Amaral
Fase Pau Brasil - A Feira, 1924, Tarsila do Amaral
Fase Pau - O Pescador, 1925, Tarsila do Amaral
Fase Pau Brasil - A Estacao Central do Brasil, 1924, Tarsila do Amaral
Fase Pau Brasil - Morro da Favela, 1924, Tarsila do Amaral
A segunda fase da artista, a Antropofágica, foi idealizada pelo seu marido na época, Oswald de Andrade. Nesse momento eles buscavam digerir influências estrangeiras, que eram comuns à época, para que a arte feita por eles tivesse feição mais brasileira. Tarsila pinta um quadro de presente para o Oswald chamado Abaporu, palavra indígena que significa "homem que come carne humana", no sentido de que eles iriam "comer" as técnicas estrangeiras para digeri-las em obras que fossem precipuamente brasileiras. Essa obra da artista, em 1928, inaugura o movimento antropofágico dentro do modernismo.
Fase Antropofagica - Antropofagia, 1929, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - Sol Poente, 1929, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - O sono, 1928, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - O Lago, 1928, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - A Lua, 1928, Tarsila do Amaral
A terceira e última grande fase na obra de Tarsila é a Social, que culmina com a sua ida para Paris, onde trabalha como operária em uma construção, após passar pela União Soviética. Em 1933, a partir do quadro Operários, a artista inaugura uma fase de criações voltadas para os temas sociais da época, a situação dos trabalhadores etc. Mais tarde, a pintora irá retomar temas de fases passadas, além de inserir novos elementos e temas como o religioso.
Fase Social - Os Operarios, 1933, Tarsila do Amaral
Fase Social - Segunda Classe, 1933, Tarsila do Amaral
Fase Social - Criancas Orfanato, 1935, Tarsila do Amaral
Fase Social - Garimpeiros, 1938, Tarsila do Amaral
Fase Pau Brasil - A Feira, 1924, Tarsila do Amaral
Fase Pau - O Pescador, 1925, Tarsila do Amaral
Fase Pau Brasil - A Estacao Central do Brasil, 1924, Tarsila do Amaral
Fase Pau Brasil - Morro da Favela, 1924, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - Sol Poente, 1929, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - O sono, 1928, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - O Lago, 1928, Tarsila do Amaral
Fase Antropofagica - A Lua, 1928, Tarsila do Amaral
Fase Social - Segunda Classe, 1933, Tarsila do Amaral
Fase Social - Criancas Orfanato, 1935, Tarsila do Amaral
Fase Social - Garimpeiros, 1938, Tarsila do Amaral