A história é sempre evocada. Como uma portadora de lições. Irredutível, soberana e cristalina. Mas qual a história? Ou, então, falamos de narrativas historiográficas e seus respectivos historiadores. Como quaisquer outras, com ênfases, silêncios e escolhas de fontes. Assim têm aparecido interpretações sobre o passado brasileiro a propósito da questão racial. Mais especificamente usadas instrumentalmente no e contra o Estatuto da Igualdade Racial e as políticas de ações afirmativas, com as cotas nas universidades públicas despontando como o tema mais polêmico. Mas, parafraseando a jornalista Miriam Leitão, há teses e truques nesse debate. Afora cinismos, desfaçatez de classe e manipulação de dados históricos, acrescentamos. O Brasil é um país maravilhoso, pois não tem guerra, terremoto ou vulcão!
Soluções para a tarefa
Resposta:
No caso as afirmativas corretas são:
I e III
I-Os autores fazem uma crítica aos historiadores brasileiros que analisam a formação da sociedade brasileira de forma ideológica
II Os autores são contra a criação de cotas para negros em Universidades brasileiras, pois a pesar da escravidão, a sociedade foi formada a partir da fusão de várias raças, o que torna a questão do racismo um debate que fomenta o preconceito.
III-A questão do racismo e do preconceito pode ser distorcida pela História a partir da escolha das fontes e da manipulação dos documentos pelos historiadores
IV-Não faz muito sentido falar em racismo, pois a pobreza não está relacionada a cor de pele dos brasileiros
V-O Brasil é um país que não viveu guerras e calamidades. Os problemas sociais do Brasil são os mesmos de outras nações, a questão do racismo não é tão relevante como o problema da desigualdade social.
Explicação:
Resposta:
I e III são verdadeiras
Explicação:
Embora permaneça, tanto em algumas correntes científicas como no senso comum, a ideia de que existem raças humanas diferentes, os estudos e pesquisas contemporâneos indicam que não há diferenças significativas entre os indivíduos oriundas das suas diferenças somatológicas (de aparência física). Todos os humanos descendem de um tronco comum, o homo sapiens. Desta forma, não se pode pensar em raças superiores ou inferiores, pois herdamos todos o mesmo patrimônio hereditário. No entanto, na prática, percebe-se
que o conceito de raça continua equivocadamente sendo usado como justificativa para a exclusão constante de povos e indivíduos, seja pela força das armas ou das ideias, seja pelo processode exclusão social ou de não reconhecimento de seus padrões culturais. A essa prática dá-se o nome de racismo. O Brasil não conheceu o regime de segregação racial, o apartheid. A sociedade brasileira, ao longo de sua história, não foi pensada de forma dual (negros x brancos). Contudo, isso não significa que o racismo, em suas diferentes manifestações, não faça parte da vida brasileira. O debate em relação ao preconceito racial no Brasil tomou vulto nos últimos anos, com a elaboração do Estatuto da Igualdade Racial e as políticas de ação afirmativa, em especial a política de reservas de cotas nas universidades