a) Há especialistas que sugerem o termo "sem-sem" para nomear o fenômeno discutido no pri- meiro texto. Com base no que você estudou e leu anteriormente, o que justificaria usar essa expressão no lugar de "nem-nem"? b) Um dos dados anteriores evidencia que estar fora do mercado de trabalho não significa estar sem trabalhar. Relate um caso que você conhece que entra nessa estatística, apontando possíveis soluções para essa situação em que as pessoas trabalham, porém não são consideradas força de trabalho. 6150 c) Imagine que você tenha que orientar um jovem que está no chamado grupo "nem-nem". Diante do que você estudou neste capítulo, quais dicas você daria a ele?
Soluções para a tarefa
a) A nomenclatura "nem-nem" é usada informalmente para indicar o grupo de pessoas que "nem estuda, nem trabalha", mas é um termo excludente.
- A nomenclatura "sem-sem" indicaria "sem fonte de remuneração fixa e sem vínculo educacional formal".
- O termo busca levar em conta o trabalho não remunerado (doméstico, por exemplo) e a educação informal.
- "Sem-sem" também ressalta a falta de acesso às oportunidades e vínculos oficiais, desfazendo a atribuição de sentido pejorativa de "nem-nem".
b) Imagine-se que em uma casa há três adultos. Pode ser um casal de pais e um filho ou filha, por exemplo.
- Um tem emprego com carteira assinada e fica 10 horas ao dia longe de casa.
- Outro estuda em universidade e fica dois turnos longe de casa ao dia.
- A terceira pessoa assume a administração da casa. Prepara refeições, faz compras e paga contas, providencia manutenção e limpeza.
- Quem está atuando na casa tem uma ocupação em tempo integral. Entretanto, não aparece no registro nem como força de trabalho nem como estudante.
c) Em primeiro lugar, a orientação deve começar por acolhimento, ouvindo o ponto de vista do jovem e seu testemunho.
- Isso permite avaliar, por exemplo, o contexto pessoal e doméstico (como visto no item "b", logo acima).
Uma orientação possível é no sentido de reforçar a comprovação de habilidades e atividades.
- Isso ajudará na elaboração do currículo, se e quando houver o desejo ou necessidade de buscar um vínculo formal.
- Mesmo com pouco tempo e investimento, há cursos de capacitação, formação continuada ou aprendizado técnico que fornecem diplomas e certificados.
- São um recurso para ir enriquecendo o currículo.
Mesmo para quem trabalha em casa ou informalmente, o networking é importante.
- Cursos e atividades voluntárias ajudam a demonstrar uma presença no mercado e indicam postura proativa.
- Este é, igualmente, um elemento que reforça o currículo.
Os jovens e o acesso ao estudo e ao trabalho
O exercício propõe uma reflexão sobre o segmento jovem dos "nem-nem" ou "sem-sem", que não possui vínculo formal com emprego remunerado ou estudo.
- Em estudos estatísticos, o grupo pode aparecer como excedente nas classificações de população economicamente ativa.
- Autores salientam que a sociedade está mudando, com muitas atividades que envolvem interação virtual, por exemplo, sem originar vínculos formais.
- Um desafio é efetivar a comprovação de parte desta atuação.
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