A formação da Língua Portuguesa no Brasil constitui-se de três fases: (1) compreende o período que se estende do início da colonização à expulsão dos holandeses (1532-1654); (2) do final da primeira até o final do século XVIII; e, a (3) começa com a chegada da família real ao Brasil em diante (SILVA NETO, 1986). Escolha uma das três fases e comente sobre dois fatos que mais lhe tenha chamado atenção.
Soluções para a tarefa
Na segunda fase dois aspectos muito importantes são a expansão do ensino do português no Brasil colônia graças aos esforços dos Jesuítas, e a sistematização da Língua Geral em gramáticas.
Servos da educação
Com a chegada dos jesuítas no Brasil a expansão da língua portuguesa avançou até os sertões das regiões norte e nordeste, saindo da costa litorânea.
Estes pontos não seriam alcançados por ela se a motivação da companhia fosse apenas econômica.
A fé e a vontade em um propósito firme de catequizar os indígenas - duramente criticado nos dias atuais - destes homens, somadas à sua formação educacional e ousadia, fizeram as escolas jesuítas se espalharem por todo o Brasil em poucos anos.
Por meio destas escolas, que eram fruto de seu trabalho junto aos nativos e colonos, e por meio da língua geral criada pelos jesuítas com o intuito de facilitar a comunicação na colônia - seguida da sistematização desta em gramáticas - , a integração entre os colonos e entre os povos nativos foi largamente ampliada.
Com a comunicação não sendo mais uma barreira, ficou mais simples o entendimento entre as diferentes culturas que até então nunca haviam tido contato, facilitando a colaboração entre os diferentes - ou exploração.
Quando Marquês de Pombal empreendeu a perseguição aos jesuítas e pôs em prática as reformas pombalinas, alegando buscar um fim progressista - os jesuítas eram caricaturados como "atraso" para a civilização brasileira -, mas que tinham como único propósito despojar os jesuítas de seu poder e de seus bens, iniciou-se o processo de extinção das escolas e do método jesuítico.
Além de não possuir mão de obra qualificada, que era muita com os jesuítas, muito menos métodos pedagógicos que funcionassem como os dos jesuítas, e ainda, sem recursos materiais para manter a expansão da educação no Brasil, o que deu-se foi:
- A língua geral caiu em desuso com a chegada do ministro da coroa portuguesa no fim do século XVIII.
- Escolas foram fechadas.
- Tentou-se enxertar métodos de ensino europeus em uma cultura e realidade diferentes, a brasileira.
- Como resultado, iniciou-se um processo de retrocesso no ensino no país.
Hoje os resultados destes primeiros "acertos" de dois séculos atrás são muito visíveis nas tentativas de emendar ensino do país.
Este, passa por "pombalismos" a cada novo governante que assume o poder, a cada nova teoria que chega de outro mundo e outra realidade e é enxertada sem método, além da demagogia.
A língua geral desapareceu, sobrando apenas uma variante com aproximadamente 10000 falantes vivos nas regiões norte e nordeste, o nheengatú.
O nheengatú serve, assim como era o propósito da língua geral, como língua franca para que diferentes comunidades possam interagir nestas regiões.
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