Geografia, perguntado por brunoichikawa9, 8 meses atrás

A exploração de pau-brasil na faixa litorânea abriu caminho para diversas outras atividades econômicas. Cite esses atividades e o que elas impulsionaram? me ajudem pfv.

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Respondido por janemaria449
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Resposta:

O pau-brasil

Rapidamente descoberto pelos primeiros navegantes, o pau-de-tinta ou pau-brasil era uma espécie de árvore abundante no território brasileiro, que servia como matéria-prima para o tingimento de tecidos. Apresentava particular importância para a indústria têxtil europeia, que passava por um período de crescimento.

O comércio dessa mercadoria tornou-se um empreendimento lucrativo, que deu início à atividade econômica dos europeus no Brasil, bem como à efetiva ocupação da terra. Além do pau-de-tinta, papagaios e macacos também obtiveram grande valor comercial, devido aos seus aspectos exóticos e ornamentais.

Relacionamento amistoso entre o índio e o branco

Os portugueses realizavam trocas com os índios, dando-lhes principalmente ferramentas - como enxadas e machados - pelos produtos da terra. Ferramentas de metal representavam uma verdadeira revolução tecnológica para os nativos, que só conheciam os instrumentos de pedra e madeira. O relacionamento amistoso entre o índio e o branco, baseado na troca de mercadorias ou escambo, foi fundamental para os europeus nos seus primeiros momentos no Brasil. Além de fornecer as mercadorias de valor comercial, os índios ainda garantiam a alimentação e os braços para o trabalho de abate e transporte do pau-brasil.

Em 1503, uma associação de comerciantes encabeçada por Fernão de Loronha (ou Fernando de Noronha) havia conseguido uma concessão do rei para explorar o comércio de pau-brasil. Em troca, deveria construir e manter um forte no território, pagando também impostos sobre os carregamentos de madeira.

Para se ter uma ideia do volume de negócios, a nau Bretoa, armada por Loronha em 1511, levou para a Europa 150 toneladas de pau-de-tinta, que seriam revendidas por aproximadamente 2.500 ducados, ou 70 quilos de ouro. Ao longo dos primeiros trinta anos, atraídos pelos lucros, outros empreendedores investiram em viagens com a mesma finalidade, extraindo grandes quantidades de madeira em diversos pontos do litoral, entre os atuais estados de Pernambuco e São Paulo.

À procura de ouro

Nos limites sul do território demarcado por Tordesilhas, que hoje corresponde ao litoral de Santa Catarina, o contato com os náufragos e degredados que aqui haviam se estabelecido tornou conhecida a existência de um caminho que conduzia a regiões supostamente ricas em metais preciosos, localizadas atualmente na Argentina, Paraguai e Peru.

Algumas expedições foram organizadas para atingi-las, tornando-se as primeiras a explorar o interior do território sul-americano. Não foram, porém, bem sucedidas, como no caso da expedição espanhola de Juan Dias de Solis, cujos integrantes foram massacrados pelos índios na confluência dos rios Paraná e Uruguai.

Além dos espanhóis, que disputaram o território com os portugueses por meio de expedições ou negociações diplomáticas, navegantes franceses também se tornaram uma presença constante no Brasil. Tratava-se de empreendedores particulares, com o incentivo de seu rei, Francisco 1º, que não reconhecia as disposições do tratado de Tordesilhas. Ironicamente, alegava não existir um testamento de Adão que dividisse a terra entre Portugal e Espanha.

Expedições guarda-costas

Não se sabe exatamente quando os franceses começaram a agir no Brasil, mas há registros de sua presença na Bahia, em 1526, e em Pernambuco, em 1531. Para combater os invasores, a Coroa portuguesa enviou expedições chamadas de guarda-costas, sob o comando de Cristóvão Jacques, que esteve aqui em 1516 e 1527.

Na segunda viagem, aprisionou diversos navios franceses e mais de 200 marinheiros, mortos com extrema crueldade. Porém, as dificuldades financeiras para organizar essas expedições militares e uma fase de decadência do comércio no Oriente levaram o novo rei de Portugal, D. João 3º, a pressentir a necessidade de povoar o território para garantir a sua soberania nele.

Com essa finalidade, o fidalgo Martim Afonso de Souza, personagem destacado na Corte e membro do Conselho real, foi encarregado de seguir para o Brasil em 1531. Comandava uma frota de cinco navios, com 400 homens, e gozava de amplos poderes, entre os quais o de nomear funcionários para a administração da colônia e o de doar terras para a criação de fazendas.

A expedição derrotou franceses no litoral do Nordeste e navegou para o Sudeste do Brasil No litoral paulista, fundou a vila de São Vicente, que se tornou o primeiro núcleo de colonização portuguesa. Realizou ainda explorações fluviais para descobrir minas de prata nos confins do Paraguai e do Peru.

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