Português, perguntado por brendabparros6450, 1 ano atrás

4. (UFT-TO) Analise as afirmativas abaixo sobre o texto “À instabilidade das coisas no mundo", de Gregório de Matos. À instabilidade das coisas no mundo 1. Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. 5. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na luz, falte a firmeza, 10. Na formosura não se dê Constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. Matos. Gregório de. Poesias selrdonodos. Sao Paulo: FTD. 1993. p. 60. I. Considerando que a arte literária reflete o contexto histórico em que se encontra inserida, é certo dizer que o texto de Gregório de Matos pertence ao Barroco, movimento literário associado à Reforma e à Contrarreforma e expressa, de forma estética, as angústias existenciais do homem seiscentista. II. 0 soneto gregoriano abarca a temática do tempo fugaz e da sorte instável que se desenvolve a partir de um jogo de imagens e ideias que se contrapõem: nasce vs não dura (v. 1), luz vs noite escura (v. 2). tristes sombras vs formosura (v. 3). tristezas vs alegria (v. 4). III. 0 texto estrutura-se segundo os princípios do conceptismo, voltado para a ornamentação exagerada de um estilo marcado pela presença de paradoxos (v. 1-8). IV. O sentido de efemeridade abarcado pelo título do poema é justificado, no decorrer do texto, por expressões tais como: “falta firmeza” (v. 9). “não se dê Constância” (v. 10). "firmeza somente na inconstância” (v. 14) que fazem parte do campo semântico do vocábulo instabilidade. V. Na tentativa de conciliar os opostos, assumindo uma postura fusionista, o soneto de Gregório de Matos encerra-se com uma justaposição de contrários, marcada pelo uso da antítese: “A firmeza somente na inconstância” (v. 14). A partir da análise das questões, podemos concluir que as alternativas: a) I, II e III estão corretas. b) I, II e IV estão corretas. c) I. IV e V estão corretas. d) II. III e IV estào corretas. e) II, III e V estáo corretas.

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por oliveiraconcursos
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Bom dia,


Analisando as alternativas temos:


I. Considerando que a arte literária reflete o contexto histórico em que se encontra inserida, é certo dizer que o texto de Gregório de Matos pertence ao Barroco, movimento literário associado à Reforma e à Contrarreforma e expressa, de forma estética, as angústias existenciais do homem seiscentista.


CORRETA! Se formos avaliar todo o texto, percebemos traços estéticos da escrita que representam exatamente este estilo literário.


II. O soneto gregoriano abarca a temática do tempo fugaz e da sorte instável que se desenvolve a partir de um jogo de imagens e ideias que se contrapõem: nasce vs não dura (v. 1), luz vs noite escura (v. 2), tristes sombras vs formosura (v. 3), tristezas vs alegria (v. 4).


CORRETA! Sim, avaliando as ideias que se contrapõem vemos que nascer remete a ideia de algo novo que dura, e não dura, quebra essa ideia. E assim as outras ideias justificadas seguem a mesma estrutura, mostrando instabilidade.


III. O texto estrutura-se segundo os princípios do conceptismo, voltado para a ornamentação exagerada de um estilo marcado pela presença de paradoxos (v. 1-8).


ERRADA! Não há uma ornamentação exagerada.


IV. O sentido de efemeridade abarcado pelo título do poema é justificado, no decorrer do texto, por expressões tais como: "falta firmeza" (v. 9), "não se dê Constância" (v. 10), "firmeza somente na inconstância" (v. 14) que fazem parte do campo semântico do vocábulo instabilidade.


CORRETA! Correto o que é efêmero remete a ideia de passageiro, logo é instável, e essa ideia se constrói a partir de trechos como os identificados acima.


V. Na tentativa de conciliar os opostos, assumindo uma postura fusionista, o soneto de Gregório de Matos encerra-se com uma justaposição de contrários, marcada pelo uso da antítese: "A firmeza somente na inconstância" (v. 14).


ERRADO! Não configura uma antítese.



GABARITO FINAL: B

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