Português, perguntado por elocastro8262, 11 meses atrás

27 D E MAIO
Passei uma noite horrível. Sonhei que eu residia numa casa residivel, tinha banheiro, cozinha, copa e até quarto de criada. Eu ia festejar o aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu ia comprar-lhe umas panelinhas que há muito ela vive pedindo. Porque eu estava em condições de comprar. Sentei na mesa para comer. A toalha era alva ao lirio. Eu comia bife, pão com manteiga, batata frita e salada. Quando fui pegar outro bife despertei. Que realidade amarga! Eu não residia na cidade. Estava na favela. Na lama, as margens do Tietê. E com 9 cruzeiros apenas. Não tenho açúcar porque ontem eu safe os meninos comeram o pouco que eu tinha. ...Quem deve dirigir é quem tem capacidade. Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro, quem não sabe o que é fome, a dor, e a aflição do pobre. Se a maioria revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido. Precisamos livrar o paiz dos políticos açambarcadores.

1. Leia a seguinte nota dos editores de Quarto de despejo: “Esta edição respeita fielmente a linguagem da autora, que muitas vezes contraria a gramática, mas que por isso mesmo traduz com
realismo a forma de o povo enxergar e expressar seu mundo”. TVanscreva no caderno pelo menos três ocorrências em que a autora contraria as regras ortográficas.
2. Elabore uma hipótese para explicar por que Carolina de Jesus grafou a palavra “amisade” (início do 2° parágrafo) dessa maneira.
3. Em que momentos é possível perceber que a autora teve a intenção de adequar o seu texto aoN que recomenda a gramática normativa usando vocabulário e estrutura mais sofisticados?
4. Qual é a opinião da autora a respeito dos seguintes assuntos: a realidade na favela; o desempenho do governo; o papel da sociedade civil?

Soluções para a tarefa

Respondido por nessasch
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Acerca do texto “27 de maio”, é possível responder as questões apresentadas da seguinte forma:

 1. A autora contraria as regras ortográficas nos seguintes trechos: “Quem tem dó e amisade ao povo”, Não tenho açúcar porque ontem eu safe os meninos comeram o pouco que eu tinha”, e “Precisamos livrar o paiz dos políticos açambarcadores.”

2.       Carolina de Jesus grafou a palavra “amisade” porque não teve oportunidade de acesso a educação, pois vive na favela onde tem poucos recursos financeiros, e baixa qualidade de vida.

3.       Os momentos em que é possível perceber que a autora teve a intenção de adequar o seu texto ao que recomenda a gramática normativa usando vocabulário e estrutura mais sofisticados foi nos seguintes trechos:  “A toalha era alva ao lirio” e “Precisamos livrar o paiz dos políticos açambarcadores”

4.       Para a autora, a realidade da favela era de pobreza, de baixas condições de subsistência, e de precária infraestrutura. O desempenho do governo, para ela, não é satisfatório, uma vez que não se preocupam em atender as classes menos favorecidas e resolver os problemas sociais, já que não vivenciaram a dura realidade das favelas. Por fim, entende que a sociedade civil deve se unir e contestar as ações do governo, pois a maioria vence a minoria. 

Respondido por inesalves29
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As questões sobre o texto “27 de maio”, devem ser respondidas da seguinte forma, tendo em conta a informação dada no texto:

1. A autora contraria as regras ortográficas nos seguintes momentos no texto:

  • “Quem tem dó e amisade ao povo”,
  • "Não tenho açúcar porque ontem eu safe os meninos comeram o pouco que eu tinha”
  • “Precisamos livrar o paiz dos políticos açambarcadores.”

2. Carolina de Jesus grafou a palavra “amisade” dessa maneira já que ela não teve oportunidade na sua vida de ter estudos. Ela vivia na favela, com poucas possibilidades financeiras. Dessa forma, não sabe grafar algumas palavras.

3. Os momentos em que é possível perceber que a autora teve a intenção de adequar o seu texto ao que recomenda a gramática normativa, utilizando um vocabulário e uma estrutura mais sofisticados podem ser vistos nos seguintes trechos seguintes trechos:  

  • “A toalha era alva ao lirio”
  • “Precisamos livrar o paiz dos políticos açambarcadores”

4. É possível ver no texto que para a autora a favela era sinônimo de pobreza e de poucas condições. Carolina de Jesus não está satisfeita com as medidas tomadas pelo governo, que se mostra pouco preocupado com resolver os problemas sociais que podem ser encontrados na favela.  

Para responder, é importante atentar em alguns pormenores no texto.

27 DE MAIO

  • No texto 27 de maio, de Carolina de Jesus, é possível entender que a autora não sabe grafar algumas palavras, como "amizade".
  • Isso deve-se ao facto de a autora não ter a oportunidade de ter a educação normal, pois vive numa favela, com dificuldades econômicas.
  • No entanto, em alguns momentos do texto, é possível ver o esforço feito pela autora em tentar obedecer às regras da gramática normativa.
  • No texto, a autora fala sobre as pobres condições em que vive na favela, e nos sonhos que tem em viver em melhores condições.
  • Ela retrata a realidade que é vivida por várias pessoas no país, com falta de comida, vivendo em casas sem condições.
  • Ela culpa o governo, pela falta de preocupação que existe nessas favelas, e a falta de medidas que são tomadas.

Saiba mais sobre Carolina de Jesus aqui: https://brainly.com.br/tarefa/51277543

#SPJ3

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