Português, perguntado por anacaroline6147, 8 meses atrás

1. Faça um texto com as seguintes informações:
a) O que foi a peste bubônica?
b) Em que época e lugar ela surgiu?
c) Quais eram os seus sintomas?
d) Como ela se espalhou pela Europa?​
me ajudem prfvrr

Soluções para a tarefa

Respondido por mariflorgomes15
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Resposta:

Peste bubônica

Após picar um hospedeiro bacteriêmico, a pulga produz uma coagulase que vai determinar a coagulação do sangue ingerido no seu proventrículo, o que vai determinar o bloqueio, impedindo que no próximo repasto o sangue ingerido chegue ao estômago. Ao picar a pele do novo hospedeiro, a pulga bloqueada regurgitará, inoculando-lhe milhares de bactérias. Nos indivíduos com elevada imunidade pode se formar uma flictena rica em bacilos no local da picada, mas este é um achado incomum, de tal sorte que dificilmente a porta de entrada é identificada. Habitualmente, os micro-organismos inoculados difundem-se pelos vasos linfáticos até os linfonodos regionais, que passarão a apresentar inflamação, edema, trombose e necrose hemorrágica, circundados por uma bainha de periadenite, constituindo os característicos bubões pestosos.

Há replicação extracelular e os bacilos fagocitados por mononucleares sobrevivem intracelularmente, resistindo à fagocitose. A bacteriemia inicial pode estabelecer focos em todo o organismo: gânglios linfáticos, pele, pulmões, baço, fígado e sistema nervoso central (SNC). Se não for diagnosticada precocemente e o tratamento logo implantado, pode evoluir para as formas pneumônica e septicêmica.

A picada de pulgas é o principal mecanismo de transmissão da doença. O homem é acometido acidentalmente quando penetra no ecossistema da zoonose durante ou após uma epizootia ou pela introdução de roedores silvestres ou de pulgas infectadas no habitat humano. Os animais domésticos, em especial os gatos, podem conduzir as pulgas infectadas de roedores silvestres para dentro de casa e, às vezes, podem transmitir a doença por arranhaduras e mordidas. Outro meio, se houver lesões cutâneas, é a manipulação de tecidos animais infectados, sobretudo de roedores e lagomorfos, um fato importante quando se considera o hábito de caçar animais tais como o preá, a paca e a cutia.

O contágio pode ocorrer por gotículas provenientes de pessoas doentes ou animais, como o gato, com faringite ou pneumonia. A peste bubônica pode ser transmitida de pessoa a pessoa se houver contato com o pus de um bubão supurante e o aspirado contido na seringa utilizada na punção poderá também determinar a ocorrência de peste pneumônica caso haja a formação de aerossol por manipulação inadequada. Vale referir que em algumas circunstâncias a fonte de infecção não será precisamente determinada.

Os casos humanos geralmente são precedidos por epizootias, mortandade de roedores sem causa aparente, fenômeno nem sempre percebido pela população e pelos técnicos. Com a morte do roedor infectado, as pulgas abandonam o cadáver e buscam um novo hospedeiro, mesmo que não seja o preferencial, parasitando outros animais e mesmo o homem. A “queda do rato” é um fato relatado nas epidemias, quando o rato (Rattus rattus) cai do telhado onde se escondia, moribundo, sem história de uso prévio de raticidas.

A transmissão inter-humana por meio de ectoparasitos, tais como P. irritans, é rara e só é observada em habitações altamente infestadas e onde haja um paciente bacteriêmico. Já a pneumonia pestosa secundária, altamente contagiosa, que ocorre durante casos de peste bubônica ou septicêmica não tratados, determinará o surgimento de pneumonias primárias, uma emergência sanitária. Esta forma pode decorrer da transmissão direta inter-humana ou pela aspiração acidental em laboratório, ou ainda pela inalação de poeira com fezes de pulgas infectadas ou escarro ressecado contendo Y. pestis. Na guerra bacteriológica esta será a via utilizada para os ataques – aerossóis contendo o bacilo.

Período de transmissibilidade

As pulgas podem permanecer infectantes durante meses. Na peste pneumônica o período é curto, quer pela evolução fatal do quadro quer pela imediata implantação da terapêutica específica. Aproximadamente 95% destes pacientes falecem sem que cheguem a se converter em transmissores.

Suscetibilidade e resistência

A suscetibilidade é universal, e a imunidade temporária é relativa, não protegendo contra grandes inóculos.

Letalidade

Varia de acordo com as circunstâncias. Inferior a 10% quando a vigilância epidemiológica é eficaz, e próxima dos 100% quando ela inexiste.

Manifestações clínicas

Distinguem-se usualmente três formas clínicas principais da peste: bubônica, septicêmica e pulmonar. Outras formas, mais raras, é a cutânea primária, a faríngea, a meníngea e a endo-oftálmica. A rigor, pode- se considerar que basicamente existem duas formas de peste, com e sem bubões, uma ressalva necessária para que também se avente a hipótese da zoonose nos quadros clínicos que cursam sem linfadenite. Assim, quando houver comemorativos epidemiológicos sugestivos, os quadros clínicos de início súbito, febre alta, com ou sem linfadenite regional dolorosa e manifestações gerais graves impõem sempre a suspeita de peste.

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