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O colecionador alemão Cornelius Gurlitt, que morreu nesta terça-feira (7), deixou sua polêmica e valiosa coleção de quadros banidos pelo nazismo para o Museu de Arte de Berna (Suíça) - com o qual, segundo o diretor da instituição, Matthias Frehner, nunca teve relação alguma.7.
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O colecionador alemão Cornelius Gurlitt, que morreu nesta terça-feira (7), deixou sua polêmica e valiosa coleção de quadros banidos pelo nazismo para o Museu de Arte de Berna (Suíça) - com o qual, segundo o diretor da instituição, Matthias Frehner, nunca teve relação alguma.
Segundo informaram veículos de imprensa alemães, o testamento de Gurlitt, que define o Museu de Berna como único herdeiro, leva a crer que o colecionador não queria que as obras permanecessem na Alemanha após sua morte.
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Pouco antes de morrer, o colecionador havia chegado a um acordo com as autoridades alemãs para que fosse investigada a origem de cerca de 600 peças de sua extensa coleção, com o propósito de determinar se haviam sido roubadas de seus proprietários judeus durante os anos do regime nazista.
Após ser divulgado o testamento, o Ministério de Cultura do estado federado alemão da Baviera anunciou que examinaria se parte das obras da coleção de Gurlitt pode ser considerada patrimônio cultural alemão, o que exigiria uma autorização especial para que deixassem o país.
Por sua vez, em declaração a vários veículos imprensa alemães, o diretor do Museu de Arte de Berna se mostrou "gratamente surpreendido", embora também tenha assumido que se trata de "uma grande responsabilidade" porque o legado tem muitas implicações éticas e jurídicas.
Gurlitt era filho do marchand de arte Hildebrandt Gurlitt, um dos poucos que tiveram autorização do regime nazista para negociar com obras da então chamada "arte degenerada", que haviam sido retiradas dos museus alemães.
O colecionador se manteve durante anos em anonimato quase absoluto anonimato, vivendo entre Munique - a capital da Baviera - e Salzburgo, até que sua coleção foi descoberta durante investigações por possível evasão fiscal.
O caso teve início em 22 de setembro de 2010, quando, em uma fiscalização de rotina em um trem que ia de Munique a Zurique (Suíça), agentes de alfândega encontraram uma grande quantidade de dinheiro com o colecionador.
A descoberta levantou suspeitas e foi iniciada uma investigação que levou, dois anos depois, a uma revista da casa de Gurlitt em Munique, onde estão cerca de 1.400 obras de arte que foram confiscadas.
As autoridades conseguiram manter a descoberta em segredo por um ano a mais depois de ter sido foi revelado por uma publicação da revista "Focus".
Em novembro de 2013, começaram a ser publicadas em uma página da internet os títulos de 590 obras sob suspeita de terem sido guardadas pelo pai de Gurlitt depois que seus proprietários judeus precisaram vendê-las a preços baixos pela pressão da perseguição do regime nazista.
Especialmente, dois quadros - "Dois cavaleiros na praia", de Max Liebermann, e "Mulher sentada", de Henri Matisse - cuja procedência estava documentada, já que pertenceram a judeus perseguidos, geraram dúvidas sobre boa parte da coleção.
Explicação:
acho que so espero ter ajudado