Português, perguntado por heeric, 8 meses atrás

você já sabe que o editorial normalmente tem ,entre outras, uma intenção comercial, isto é, promover a venda do veículo de comunicação de que faz parte. Transcreva do texto duas passagens que deixa Claro esse apelo comercial .
texto:No dia do fechamento desta edição, na internet e nos telejornais, foram divulgadas imagens de policiais militares paramentados com seus coletes à prova de balas e suas calças cargo atirando à queima roupa em um moleque de 14 anos desarmado e prensado contra um muro. Qual seria a justificativa? Um ladrão pego em flagrante? Uma ameaça verbal? Um assassino confesso? Não há justificativa. Mas todas as tentativas passarão invariavelmente pelo tema desta edição da Trip.
me ajuda pfvr

Quando pensamos em intolerância, no primeiro tempo, tendemos a visualizar mentalmente situações como as vividas há décadas na faixa de Gaza, pensamos na Líbia, na China perseguindo até hoje o povo do Tibete. Tendemos a projetar o problema em telas distantes, como se a ignorância, mãe superprotetora da intolerância, morasse em algum lugar de Ruanda ou do Afeganistão.

Aí vai então uma notícia indigesta: “Ela está no meio de nós”. Basta olhar para a forma como nos transformamos ao assumir o volante de um carro nas grandes cidades (vale revisitar a entrevista de Roberto Da Matta nas Páginas Negras da nossa edição de setembro último), ou ir até uma agência bancária perto de casa. Com um pouco de “sorte”, você vai presenciar uma das brigas frequentes que vêm sendo reportadas entre grávidas e idosos, na busca desesperada por um guichê.

Nesta Trip, falamos de racismo, de xenofobia, de sexismo, mas falamos também de formas mais modernas e prosaicas de intolerância, como o bullying, ou outras pequenas manifestações da nossa incrivelmente reduzida capacidade de suportar a existência do diferente, do outro em última análise.

Desde o lançamento da nossa primeira edição, 25 anos atrás, já tínhamos impressa no papel e em nosso DNA, mais do que o respeito, uma paixão genuína pela diversidade. E temos certeza de que essa paixão foi decisiva para que nos diferenciássemos da carrada de veículos de mídia a serviço do mercado e do status quo vigentes, que desde lá só fez crescer. Não só pelo alinhamento absoluto do tema intolerância com o espírito do tempo em que estamos agora, mas pelas crenças que nos movem desde sempre, escolhemos tratar dele na edição que você tem nas mãos.
EMPATIAFOBIA
Como sempre, a tentativa foi de tratar o assunto de forma ampla, surpreendente e , na medida do razoável nesse caso, bem humorada. Assim, fomos de Restart a Emicida, de igrejas evangélicas gay friendly a (supostos) cristãos homofóbicos, passando por xerifes do surf e galãs da TV rejeitados pelo mainstream. Dá para se divertir. Mas nem tudo é engraçado...

Um dos especialistas consultados por nossa equipe, por exemplo, o médico Gabor Maté, formulou em seu livro Scattered Minds, uma tese assustadora: pais ausentes, mentalidade forjada na internet e por estímulos curtos e transitórios, ausência de conexão com a natureza, mais drogas lícitas e ilícitas, estariam afetando os centros cerebrais associados com senso moral, insights e a noção de responsabilidade. A explosão do chamado bullying, da depressão, inclusive a infantil, seriam apenas alguns dos sintomas. O doutor Maté chegou à devastadora conclusão de que estamos criando uma geração com menor recursos neurológicos para sentir empatia pelo outro.

Tão assustador e desumano quanto ver pela televisão as imagens de um garoto sendo violentamente atacado no rosto com lâmpadas de vidro fluorescentes em plena avenida Paulista, ou outro, mais jovem ainda, acuado contra a parede levando um tiro de uma autoridade policial amazonens, sem nenhuma chance de defesa.

Soluções para a tarefa

Respondido por lopesju200
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Resposta:

Quando pensamos em intolerância, no primeiro semestre tendemos a imaginar situações semelhantes às que ocorreram décadas atrás em Gaza, pensamos na Líbia, na China, que persegue o povo tibetano até hoje. Temos a tendência de exibir o problema em telas distantes como se a ignorância, a mãe superprotetora da intolerância, vivesse em algum lugar em Ruanda ou no Afeganistão.

Tão assustador e desumano quanto assistir na TV a imagem de um menino que foi brutalmente agredido no rosto com lâmpadas fluorescentes no centro da Avenid Paulista, ou outra, ainda mais jovem, murada, baleada por um policial amazônico, sem chance de defesa.

Espero ter ajudado :)


heeric: obrigada : )
lopesju200: dnd :)
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