Biologia, perguntado por sabrileme, 6 meses atrás

Você é biomédico e foi contratado como responsável pelo setor de hematologia, parasitologia e urinálise de um laboratório de análises clínicas do Nordeste do Brasil.
Agora, responda: o que deve ser alterado em relação às metodologias aplicadas na rotina laboratorial para que o resultado seja mais fiel à realidade do paciente? Justifique suas escolhas e também o motivo pelo qual o laboratório recebe tantas críticas

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Respondido por lidiacarolinafarma
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Resposta:

Padrão de resposta esperado

Como o equipamento hematológico utilizado é semiautomatizado e libera os resultados apenas de dois grupos de leucócitos, obrigatoriamente, deve ser feito esfregaço sanguíneo de todas as amostras para diferenciação celular dos leucócitos nos cinco grupos: neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos.

Além disso, como a população apresenta alta prevalência de anemia, infecção bacteriana e parasitária, é importante observar as características morfológicas de todas as células sanguíneas em microscópio.

Os parasitas mais prevalentes na população atendida pelo laboratório são, na sua maioria, helmintos intestinais e helmintos ou protozoários sanguíneos. O método que o laboratório aplicava na rotina (método de Willis) apresenta maior sensibilidade para diagnóstico de protozoários intestinais ou ovos leves (que não é o caso de ovos de Ascaris e deTaenia sp.) que não são prevalentes na população em questão. Deveria ser implantado um método macroscópico como a tamisação e um método de concentração como o de sedimentação, seja HPJ (sedimentação espontânea) ou Ritchie (centrífugo-sedimentação). Ambos têm sensibilidade para detecção de formas evolutivas de protozoários e de helmintos intestinais.

Como a prevalência de parasitas do sangue é alta, é importante realizar esfregaços sanguíneos (delgados) de todas as amostras para avaliação. Ou então, estabelecer critérios de quando uma lâmina deve ser revisada (resultados de hemogramas alterados como em casos de anemia e de eosinofilia). É possível também combinar com o corpo clínico que seja destacado, na requisição de exames, a suspeita clínica. Desse modo, poderia ser implantado o método da gota espessa ou de esfregaço delgado.

Em relação à urinálise, deve ser implantada a metodologia de avaliação macroscópica da amostra (cor e aspecto), passar a fita inteira na amostra (nunca cortar as fitas, pois podem sofrer interferência na análise; além do risco de contaminação na hora de cortá-las), centrifugar a amostra, desprezar o sobrenadante e analisar o sedimento.

Outra questão importante é treinar a equipe continuamente para que estejam aptos para visualização de esfregaços sanguíneos para diferenciação celular e pesquisa de parasitas em amostras biológicas, de fezes, de sangue ou de urina e demais elementos que possam ser encontrados na urina.

Explicação:

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