Administração, perguntado por patriciasc18, 5 meses atrás

Você, como psicólogo, atua no meio jurídico e está avaliando o caso de um adolescente com comportamentos considerados desviantes.

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Diante desse recorte do cenário do adolescente, indique:

a) Em cada um dos itens os fatores que tendem a estar agindo de maneira protetiva (fatores de proteção) e os fatores que tendem a estar aumentando o risco de que o adolescente desenvolva comportamentos desviantes (fatores de risco). Explique sua resposta.

b) As possíveis orientações que você, enquanto psicólogo do caso, daria para a família do adolescente.

Soluções para a tarefa

Respondido por patyschwantz1991
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Resposta:

Padrão de resposta esperado

Padrão de resposta esperado

a) 1- Problemas relacionados ao rendimento, ao relacionamento com professores e o absenteísmo escolar costumam agir como fatores de risco para o comportamento desviante.

2- Ter um bom relacionamento com a mãe costuma agir como fator de proteção nesses casos. Entretanto, condutas excessivamente rígidas e o relacionamento conturbado com o pai tendem a se configurar como fatores de risco para o comportamento desviante.

3- A realidade socioeconômica precária e a convivência em bairros com altos índices de criminalidade tendem a se configurar como fator de risco para o comportamento desviante.  

4- Participar de atividades extras, como esportes, tende a ser um fator de proteção nesses casos. Além disso, ser reconhecido por uma habilidade e ter relacionamentos próximos (amigos) costuma funcionar como um fator de proteção para o comportamento desviante.

5- Ter um relacionamento próximo com o irmão tende a ser um fator de proteção para o comportamento desviante, principalmente quando esse irmão pode ser um bom exemplo (o que parece ser, visto que na descrição é destacado que ele está entrando na faculdade).

É importante lembrar que fatores de risco e proteção devem ser analisados de maneira conjunta. Não é possível afirmar que determinado fator de risco SEMPRE vai resultar em comportamentos indesejáveis, ou então afirmar que determinada situação SEMPRE se configurará como fator de risco/proteção. Deve-se considerar que situações como as relatadas acima TENDEM a ter determinados efeitos. Por isso neste desafio estou fazendo uma análise com fins didáticos, porém na prática profissional é importante que esse tipo de avaliação seja contextualizado e investigado junto ao adolescente.

Explicação:

b) Primeiramente é necessário que vocês, família, entendam a sua importância no processo. A família é o primeiro grupo social que cada um de nós integra, é onde as relações mais próximas se desenvolvem. Por isso, essas relações têm um impacto bastante importante em todos os comportamentos de seus membros, o que inclui comportamentos desviantes. Vocês podem atuar junto ao adolescente tanto como fatores de risco (aumentando as chances de que os comportamentos indesejáveis ocorram) quanto de proteção (diminuindo as chances de que tais comportamentos ocorram). Por essa razão, é fundamental que as ações de vocês sejam pensadas para que impactem de forma positiva no adolescente.

Nesse sentido, é relevante que fique claro que os comportamentos, de maneira geral, são influenciados por aspectos biológicos e também do ambiente em que cada um está. Vale destacar que nesse ambiente estão inclusos aspectos relacionados às relações interpessoais dessa pessoa.  Relações saudáveis, próximas, de confiança mútua, em que o adolescente se sinta seguro, reconhecido e respeitado são de extrema importância e tendem a agir como fatores protetivos.

Tendo em vista esses aspectos, salienta-se também que o monitoramento parental, o que inclui o acompanhamento do filho em atividades escolares e outras atividades, pode ser bastante eficaz. Vocês também devem saber que condutas excessivamente rígidas, em que o adolescente não tem a possibilidade de exercer sua autonomia, costumam não ser tão eficazes, principalmente porque nessa fase de vida é comum que o adolescente queira se diferenciar da família e, em certa medida, conflitos são esperados. No caso de vocês, como há um bom relacionamento entre mãe e filho, é interessante que o monitoramento parental seja feito pela mãe, inclusive porque ela está mais tempo em contato com o filho (já que é dona de casa).

Além disso, é importante que fiquem claros para vocês, família, alguns aspectos característicos da adolescência, principalmente quanto ao fato de o adolescente estar menos dependente da família e de buscar relações fora, tentando desenvolver sua autonomia. Nesse sentido, vocês podem ajudar por meio do diálogo, conscientizando o adolescente sobre a problemática dos comportamentos desviantes e servindo de exemplo a ser seguido. Nesse aspecto específico, a companhia do irmão mais velho, que parece ser um bom exemplo, pode ser incentivada, como uma forma de auxiliar no processo.  

Outro ponto que vocês devem ter conhecimento é relativo ao bairro onde moram. Como é um local com alto índice criminal, a conscientização sobre os problemas que comportamentos indesejáveis podem gerar se faz ainda mais relevante. Além disso, também em relação ao ambiente concreto do adolescente, é importante que vocês incentivem e oportunizem atividades em que o adolescente se sinta realizado, reconhecido, respeitado e também que possa fazer amizades positivas (que não incentivem ou oportunizem comportamentos indesejáveis).

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