você aprendeu alguma coisa com o filme auto da compadecida?
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RESUMO
Esta pesquisa focaliza a trajetória do cineasta Guel Arraes e escolhe para análise dois filmes,
O Auto da Compadecida (2000) e O Bem Amado (2010), bem como seus figurinos. O enfoque
no figurino é realizado a partir da Semiologia e objetiva decifrar os sentidos produzidos na
indumentária. Três personagens dos filmes terão os seus figurinos analisados a partir da teoria
de Roland Barthes, principalmente com os elementos da Semiologia (língua e fala),
(significante e significado) e (sistema e sintagma). A influência do movimento Armorial no
filme O Auto da Compadecida e da estética Kitsch no filme O Bem Amado merecem uma
reflexão, além do estudo da função do figurino no interior da narrativa amparado pela análise
estrutural da narrativa de Roland Barthes. Buscamos identificar o equilíbrio entre a fala dos
personagens e a imagem da indumentária fílmica. Para complementar o estudo do poder do
figurino na narrativa, estudamos os traços característicos do diretor e roteirista Guel Arraes
nas suas obras, que são a identidade de nordestino, a representação do Nordeste e a comédia
popular. Partimos do princípio que o trabalho de escolhas de sua criação não está separado
das influências que o diretor teve durante sua vida. A nossa pesquisa se concentrou na
apreciação dos filmes e na investigação minuciosa de toda a linguagem. As principais
reflexões têm como sustentação as seguintes teorias: Barthes (2007), Figueirôa e Fechine
(2008), Moles (2001), Stuart Hall (2005) e Mikhail Bakhtin (2013).
Palavras-chave: Figurinos. Cinema. Semiologia. Movimento Armorial. Kitsch.