você acha q brancos e negros possuem as mesmas possibilidades de migragemde posição social em nosso país
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Resposta:
Com uma trajetória de permanente exclusão, tendo passado de escravos a cidadãos de segunda classe após a abolição, o Brasil ainda amarga uma grande desigualdade racial, inclusive na Educação. Embora a ciência tenha demonstrado a plena igualdade entre os grupos étnicos – reparando absurdos do racismo científico, que dizia que os negros eram intelectualmente inferiores –, o fardo histórico imposto aos negros, contudo, não foi reparado.
Isso fica explícito na desigualdade de acesso, de permanência, de fluxo e de conclusão de ensino entre os autodeclarados pretos ou pardos (categorias de cor de pele usadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) e os brancos, que ainda é grande – uma mancha sobre a declaração de igualdade entre os cidadãos brasileiros e o direito à Educação como princípio fundamental, presentes na Constituição Federal em seus artigos 5° e 6°.
Se somos iguais em direitos e deveres, todos – independentemente da cor da pele – deveriam ter pleno acesso à Educação de qualidade. Entretanto, esse direito não só não se concretizou, como existem determinados segmentos mais distantes de acessá-lo do que outros. Isto é, um aluno pobre tem menores oportunidades educacionais e um aluno pobre, que é também pardo ou preto, ainda menores.
Os dados comprovam essa sobreposição de exclusão e explicam por que pessoas pardas e pretas enfrentam mais dificuldades para acessar melhores oportunidades profissionais e sociais. A disparidade começa logo na primeira fase escolar da vida: a Educação Infantil.
De acordo com levantamento do movimento Todos Pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, embora sejam maioria no grupo populacional de 0 a 3 anos, pretos e pardos são os que menos acessam a Creche: respectivamente, 29,6% e 25,7%. Os brancos correspondem a 33,2%.
Além disso, pretos e pardos seguem na trajetória escolar com mais dificuldades. Eles concluem menos o Ensino Fundamental (apenas 66,4% e 67,8%, respectivamente; frente a 82,6% dos brancos). Eles também apresentam maior taxa de atraso escolar, o que amplia a chance de abandonar os estudos e têm o menor índice de conclusão do Ensino Médio até os 19 anos. Confira mais detalhadamente os dados aqui.
Essa situação pode ser explicada por fatores que vão do racismo explícito ao institucional (discriminação de negros de maneira implícita ou até inconsciente) até a falta de políticas públicas orientadas para o combate a essa exclusão.
A Educação é a ferramenta mais poderosa para superar a desigualdade racial e, por isso, estabelecer políticas educacionais focadas na população negra é essencial e urgente. O Plano Nacional de Educação (PNE) avança ao propor em algumas de suas metas e estratégias para a eliminação das desigualdades, mas é preciso explicitar ações específicas para esse fim.
Explicação:
eu espero ter ajudado