violência na escola de diversos formas e afeta diretamente professor funcionários alunos e a comunidade
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Violência nas escolas afeta alunos e professores em todo o país
Oito em cada dez professores já viram casos de violência. A maioria dos alunos tem medo de ir pra escola.
10/05/2013 14h30 - Atualizado em 10/05/2013 14h30
Por Natália Ariede
São Paulo
Pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores de São Paulo mostra que oito em cada dez professores já viram algum tipo de violência nas escolas.
Ontem três alunos ficaram feridos durante um tiroteio na porta de uma escola em Minas Gerais.
Belo Horizonte
O tiroteio foi na hora da saída dos alunos do turno da noite de escola, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. Três estudantes ficaram feridos. Eles têm 15, 16 e 18 anos.
Belém
Na semana passada um adolescente de 14 anos bateu com uma pá na vice-diretora do colégio, em Belém. O aluno já tinha se envolvido em brigas com outros colegas e volta e meia enfrentava algum problema. A mãe pediu a transferência do garoto e, para o diretor do colégio, esse foi o motivo da irritação.
Passo fundo
Há 20 dias a volta de estudantes de Passo Fundo virou caso de polícia. Os alunos de dois colégios brigaram no meio da rua. Tudo foi gravado pelos próprios estudantes. Uma menina de 12 anos levou chutes e socos. O vídeo foi parar na internet.
Rondônia
Os alunos de Rondônia também colocaram o vídeo da briga na internet. São meninas que se estapeiam no meio da rua.
A violência nas escolas é um problema em todo o Brasil. Em São Paulo, o Sindicato dos Professores fez uma pesquisa e descobriu que a maioria tem medo de ir pra escola. Oito em cada dez professores já viram casos de violência. E muitas vezes também foram vítimas.
44% disseram que já sofreram algum tipo de violência. A principal queixa é a agressão verbal (39%), mas eles também já foram vítimas de violência física (5%).
Em março, alunos de uma escola de Franco da Rocha, na grande São Paulo, jogaram uma lixeira na professora Maria de Fátima dos Santos. Até hoje ela está de licença. Uma outra professora dá aulas há 14 anos no ABC e já registrou três boletins de ocorrência por agressões.
"Ele veio me peitando, me empurrando assim e eu pedindo pra ele... Pára" , conta a professora Fátima Fernandes.
A Sercretaria Estadual de Educação, em São Paulo, fez uma cartilha, para ensinar os professores a agirem em caso extremos. "Tanto um lado conceitual que a gente apresentou, o que que é violência, o que é bulling, o que é preconceito... E também oferecemos diretrizes em casos assim: o que fazer quando se presencia uma agressão física em uma escola", afirma o coordenador do Sistema de Proteção Escolar de São Paulo, Felipe Angeli.
Para os professores pesquisados, a principal causa da violência nas escolas é falta de educação, respeito e valores."Não é chamar o pai para falar olha, bata no seu filho. Não é isso! Mas converse com seu filho. Seu filho teve tais, tais, tais comportamentos que não vão a contento, atrapalhou a aula... Os pais eles podem contribuir no sentido de colocar a importância da educação na vida dos filhos" , explica a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.
A adolescente, de 16 anos, que levou um tiro na cabeça, em Minas Gerais, está internada em estado grave. O aluno que agrediu uma professora em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foi transferido de escola.
fonte:g1