Violência doméstica é causa de dois terços das denúncias de agressões contra a mulher
Violência doméstica
Lei Maria da Penha considera como violência não apenas agressões físicas, mas também assédio psicológico e financeiro
Por Portal Brasil
Publicado: 29/11/2016 17h36
Última modificação: 29/11/2016 17h36
No Brasil, dois terços das denúncias de violência contra a mulher têm algo em comum: são praticadas por atuais ou ex-companheiros, cônjuges, namorados ou amantes da vítima. Entre os tipos de violência conjugal estão a violência física, psicológica, moral, sexual, patrimonial, entre outras.
Segundo o boletim da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180 da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), de 67.962 relatos de violências, 67,63% aconteceram em um relacionamento heterossexual. Em 41% dos casos, a relação durava há mais de 10 anos, e em 39,34%, a violência é diária.
Maria da Penha
A Lei Maria da Penha (Lei no 11.340/2006) é bastante conhecida por tratar de casos de agressão física entre cônjuges, mas o texto também identifica como violência doméstica o sofrimento psicológico, como o isolamento da mulher, o constrangimento, a vigilância constante e o insulto, entre outros comportamentos agressivos e machistas.
Além disso, há a violência sexual, como manter uma relação sexual não desejada por meio da força, forçar o casamento ou impedir que a mulher use de métodos contraceptivos; e a violência patrimonial, como a destruição ou subtração dos seus bens, recursos econômicos ou documentos pessoais.
A autônoma Dorânia das Dores Rocha, 42 anos, foi atendida pela Lei Maria da Penha e encaminhada para a Casa da Mulher Brasileira em Brasília. Ela sofreu com a violência doméstica por 19 anos e, há cerca de um ano, denunciou o ex-companheiro. “Se eu pudesse, gritaria para as mulheres que é possível, desde que ela não se acomode. Às vezes, as mulheres vivem isso não só pelo medo, mas se acomodam por acharem que não dará certo”, afirma. “Tem muitas mulheres que estão vivendo violência doméstica e acham que não.”
Segundo a defensora pública Dulcielly Nóbrega, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal, uma série de razões, fora o medo, levam às mulheres a evitarem a denúncia, como vergonha, dependência econômico-financeira e a esperança de que o parceiro mude o comportamento.
“A sociedade ainda não está preparada para enfrentar esse tipo de violência, não sendo raro encontrar quem ainda pense se tratar de briga de marido e mulher que não se deve meter a colher. Por isso, muitas mulheres não se sentem apoiadas quando decidem denunciar seus agressores”, explica.
A defensora pública lembra que as mulheres em situação de violência devem procurar uma delegacia ou telefonarem para o Ligue 180. “É preciso compreender a mulher que está nessa situação e ajudá-la a superar, não fazendo julgamentos sobre seu comportamento, mas apoiando-a”, complementa.
Portal Brasil, com informações da SPM, da Casa da Mulher Brasileira e da Defensoria Pública do DF. Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 2017.
De acordo com o texto, existem diferentes tipos de violência contra as mulheres, no entanto, a maioria das denúncias em relação a essas violências possui um traço característico, apontando que:
Escolha uma:
a. A violência contra a mulher é majoritariamente cometida por golpistas, estelionatários ou sequestradores.
b. A violência contra a mulher é majoritariamente cometida por traficantes, assaltantes ou criminosos armados.
c. A violência contra a mulher é majoritariamente cometida por marginais, agressores ou presidiários das penitenciárias.
d. A violência contra a mulher é majoritariamente cometida por colegas de escola ou de faculdade da vítima.
e. A violência contra a mulher é majoritariamente cometida por atuais ou ex-companheiros, cônjuges, namorados ou amantes da vítima.
Resposta: e. A violência contra a mulher é majoritariamente cometida por atuais ou ex-companheiros, cônjuges, namorados ou amantes da vítima.
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