Valsa
Faz tanto luar que eu pensei nos teus olhos antigos
e nas tuas antigas palavras.
O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos,
que tornei a viver contigo enquanto o vento passava.
Houve uma noite em que cintilou sobre o teu rosto
e modelou tua voz entre as algas.
Eu moro, desde então, nas pedras frias que o céu protege
e estudo apenas o ar e as águas.
Coitado de quem pôs sua esperança
nas praias fora do mundo...
– Os ares fogem, viram-se as águas,
mesmo as pedras, com o tempo, mudam.
(MEIRELES, C. Viagem e Vaga música. R.J.: Nova Fronteira, 2006. p. 42.)
QUESTÃO 8
Esse poema de Cecília Meireles recupera, já na primeira estrofe, nítidos expedientes da estética simbolista, que é a
A)
apropriação de elementos do cotidiano.
B)
musicalidade deflagrada pelas assonâncias e aliterações.
C)
preocupação com a fugacidade do tempo.
D)
utilização de um vocabulário marcado pelo preciosismo.
Soluções para a tarefa
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9
Resposta:
C) preocupação com a fugacidade do tempo.
Explicação:
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15
Está correta a assertiva b.
Isso porque o simbolismo pode ser compreendido como movimento literário que surge de forma paralela ao naturalismo e realismo, apresentando ideias e pontos de vista diferenciados, opostos.
Assim, as temáticas relacionadas à grande misteriosidade, subjetividade, uma linguagem mais simbólica, além de apresentar grandes questões ligadas ao Transcendentalismo, como pode-se notar no poema fixado acima.
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