História, perguntado por Usuário anônimo, 9 meses atrás

URGENTEEEEE
O conto “As margens da alegria”, de Guimarães Rosa, fala de um menino que vive a experiência de viajar de avião. Lendo-se o texto, é possível ver como o menino percebe aquilo que está vivenciando, quais são suas impressões – afinal, pela primeira vez, ele verá o mundo de um outro ângulo, de cima.
Veja um trecho do conto:

As margens da alegria (I)
Esta é a estória.
Ia um menino, com os tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A mãe e o pai vinham trazê-lo ao aeroporto.
A tia e o tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se - certo como o ato de respirar – o de fugir para o espaço em branco. O menino. E as coisas vinham docemente de repente, harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das
necessidades. Davam-lhe balas, chicles, à escolha. Solícito de bem-humorado, o tio ensinava-lhe como era reclinável o assento, bastando a gente premer manivela. Seu lugar era o da janelinha, para o móvel mundo.
Entregavam-lhe revistas, de folhear, quantas quisesse, até um mapa, nele mostravam os pontos em que ora e ora se estava, por cima de onde. O menino deixava-as, fartamente, sobre os joelhos, e espiava: as nuvens de amontoada amabilidade, o azul de só ar, aquela claridade à larga, o chão plano em visão cartográfica, repartido de roças e campos, o verde que se ia a amarelos e vermelhos e a pardo e a verde; e, além, baixa, a montanha. Se homens, meninos, cavalos e bois - assim insetos? Voavam supremamente. O menino, agora, vivia; sua alegria despedindo todos os raios. Sentava-se, inteiro, dentro do macio rumor do avião: o bom brinquedo trabalhoso.
Ainda nem notara que, de fato, teria vontade de comer, quando a tia já lhe oferecia sanduíches. E prometia-lhe o tio as muitas coisas que ia brincar e ver, e fazer e passear, tanto que chegassem. O menino tinha tudo de uma vez, e nada, ante a mente. A luz e a longa-longa-longa nuvem.
Chegavam.
Primeiras estórias. João Guimarães Rosa
ROSA, João Guimarães. As margens da alegria. In: -----. Primeiras estórias. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969.

O texto narrativo relata acontecimentos, mas aprendemos também que esse relato pode ser feito a partir de um ponto de vista, dependendo de quem conta a história. A verdade dos fatos narrados torna-se,
então, relativa, porque depende do olhar do observador.

1 - No texto de Guimarães Rosa, qual o ponto de vista? Quem apresenta os acontecimentos? Quem é o foco dos acontecimentos e como se sente?

2 - Para apresentar ao leitor o que o personagem pensa e sente, o narrador se utiliza de um vocabulário expressivo, capaz de produzir, na mente do leitor, imagens que traduzam o que o personagem vivencia. Tente atribuir sentido aos trechos em destaque:

a) A tia e o tio tomavam conta dele, justinhamente.

b) O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair.

c) A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária.

d) Seu lugar era o da janelinha, para o móvel mundo

Soluções para a tarefa

Respondido por analuizampego
48

Resposta:

1) O ponto de vista no texto de Guimarães Rosa é por parte de um narrador em terceira pessoa, que descreve todas as ações e sentimentos do menino, bem como as ações dos outros personagens presentes na estória.

Quem apresenta os acontecimentos é justamente o narrador em terceira pessoa, também chamado de narrador onisciente, aquele que sabe tudo o que ocorre, externa e internamente.

O menino é basicamente o foco dos acontecimentos, sendo que ele se sente de certo modo em uma experiência única e totalmente nova, demonstrando sinais de impaciência e de curiosidade ao mesmo tempo.

2) a) Direitinho, corretamente.

b) Estremecia de animação - confortável se balançando de um lado para o outro.

c) Surgir, aparecer.

d) Para o mundo que parecia estar em movimento.

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Se você estiver com preguiça ou o seu espaço for muito pequeno, aqui um resumo da questão 1 :

1)O ponto de vista é a tranquilidade, apreciar e exaltar as coisas fantásticas da vida. A autora narra os fatos e seu foco principal , o menino, que se sente extasiado de emoções e sensações incríveis.


anagabrielalp2000: obrigada me ajudou muito☺
Wendy02Winchester: Ta faltando uma resposta
Wendy02Winchester: mais obrigada
Wendy02Winchester: Ah não esta faltando não, eu que fui meio burra mesmo, obrigada
rhamoncardosol: valeu vc é um mito
cilenecleal: Obrigada
Respondido por cilenecleal
5

Resposta: 1- Em as margens da alegria, Guimarães Rosa nos coloca diante de um garoto que, na sua lerda descoberta do mundo, muda tudo o que lhe passa na frente dos olhos em experiência de dor e Alegria l. O narrador. O garoto e o foco dos acontecimentos sendo que ele se sente em uma experiência nova demonstradndo-se impaciente e curioso.

2- a) Corretamente

b) estremecia de animação

c) aparecer

d) Para o mundo que parecia se mexer

Explicação: espero ter ajudado

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