Filosofia, perguntado por karinedsantos, 1 ano atrás

URGENTE, PARA PROVA!

* As duas correntes de pensamento que constituem a chamada Filosofia Medieval foram respectivamente:

a) A Patrística e o neoplatonismo;

b) A escolástica e o epicurismo;

c) A patrística e a Escolástica;

d) A escolástica e o cinismo;

e) A escolástica e o ceticismo;

Soluções para a tarefa

Respondido por bmfreitas
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A resposta da questão é a C.
Respondido por NANDOFRC
0

Resposta:

c) A patrística e a Escolástica;

Explicação:

A ESCOLÁSTICA

O termo Escolástica se refere à teologia cristã formulada a partir do século

XI no Ocidente (cristandade latina). A origem etimológica latina é scolarum (escola).

Isto porque os principais intelectuais escolásticos trabalhavam em instituições de

ensino. Podemos afirmar que a principal influência da Escolástica foi o pensamento

aristotélico, e a principal rivalidade intelectual com os intelectuais árabes Averróis e

Avicena (LIBERA, 1999).

Um dos primeiros autores escolásticos foi Santo Abelardo. Monge da Ordem

de São Bento, autor de importantes escritos que visavam casar a fé cristã com a razão

filosófica. No entanto, São Tomás de Aquino foi o principal formulador das teses

escolásticas. Monge da Ordem Dominicana, seu primeiro livro foi a Suma Contra

os Gentios, no qual combatia argumentativamente contra os intelectuais árabes

maometanos da Península Ibérica (Averróis, Avicena). Contudo, seu principal livro

foi a Suma Teológica, um tratado no qual o autor reflete sobre múltiplas questões

da vida nas esferas cultural, econômica e social, como a guerra, a paz, os lucros

nas transações financeiras, a sexualidade, entre tantos outros, sempre com uma

dupla lente, formada pelo cristianismo e o aristotelismo. Sua base racionalista o fez

formular cinco vias que levam até Deus.

A PATRÍSTICA

Por Patrística é compreendida a teologia cristã surgida após a morte dos

apóstolos e findada com o desenvolvimento da Escolástica, no Ocidente, por

volta do século XI. Os teólogos e demais líderes cristãos na época da perseguição

do Império Romano foram chamados Pais da Igreja ou Pais da Fé, por isso a

denominação Patrística.

Com o fim da perseguição romana aos cristãos com o imperador Constantino

em 395 D.C., e com o Concílio de Niceia, no qual se teve o credo dos apóstolos, o

cristianismo se torna doutrina oficial do Império. Certas questões teológicas, como

a definição das doutrinas cristãs, em especial a trindade, no qual se estabeleceu a

figura do Deus que é pai, filho e espírito santo, ganham não somente um cunho

religioso, como uma aplicação social e política. A institucionalização da fé pode

ser medida na delicada e profunda diferença em considerar que Jesus é o caminho,

a verdade e a vida, para compreender que fora da Igreja não existe salvação

(GOMES, 1997). Esta alteração pode ser encarada como uma forte relação da

Igreja com o Estado, sendo o ideal cristão profundamente modificado dos tempos

da igreja primitiva dos apóstolos Pedro, Tiago e Paulo, expresso nas epístolas

neotestamentárias.

A Patrística, enquanto movimento intelectual, foi fecunda em diversos

sábios que buscaram aliar o conhecimento advindo com a filosofia grega de Platão

aos ditames da fé. Muitos dos intelectuais patrísticos eram antigos professores de

filosofia grega, convertidos ao cristianismo por considerar a mensagem de Jesus

o ponto culminante da história humana, ou simplesmente porque encontraram

descanso para as suas almas (LUCA, 1988). Alguns nomes, tanto os da Igreja grega

quanto da latina, são importantes para a compreensão deste período da história

cristã. Santo Ambrósio, bispo de Milão, foi um importante doutrinador da Igreja Romana, por justamente ser colocado no hall de grandes nomes da intelectualidade

cristã. Orígenes, grande místico da Europa Bizantina, também teve destaque em

suas reflexões espirituais. Todavia, o principal nome da Patrística no Ocidente foi

um discípulo de Santo Ambrósio: Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho.

Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na província romana da Numídia

(atual Souk Aras –Marrocos). Seu pai era um pagão que se deixou batizar cristão

perto da morte, como era usual no cristianismo romano do século IV. Sua mãe,

Santa Mônica, era uma cristã que buscava a conversão da família para a fé nos

ensinamentos de Jesus. No início da sua vida, Agostinho não compreendia

o cristianismo como uma doutrina racional, se dedicando a práticas pagãs e

intelectualmente sendo influenciado pelo maniqueísmo, uma doutrina igualmente

pagã. Possuiu em sua vida um certo destaque como professor de retórica para

membros da juventude romana. Com 32 anos de idade, após uma grave crise

existencial, se converte. Esta conversão, após muita reflexão, foi um dos principais

lumes do cristianismo. Sua principal contribuição intelectual foram os livros As

Confissões, no qual, de forma autobiográfica, narra detalhes de sua conversão, e

A Cidade de Deus, no qual defende o cristianismo contra as acusações pagãs que

culpavam a queda de Roma à pouca combatividade de uma religião que pregava

a paz universal.  

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