URGENTE É PRA AMANHÃ
Fazer um texto respondendo a questão " O que é a liberdade?" Nele deve incluir exemplos de ação que são livres e casos onde os seres humanos não são livres, ou seja, vocês tem que formular uma definição da liberdade e aplica-la a casos particulares.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Ninguém nasceu para estar preso ou confinado. Tanto que a falta de liberdade é uma das formas mais comuns de castigo em nossa sociedade. Ser livre parece ser um desejo de todo ser humano. Como definir o que é liberdade? De acordo com o dicionário Houaiss, liberdade é o direito de expressar qualquer opinião, agir como quiser; independência. Ter licença ou permissão. É também a condição de não ser prisioneiro ou escravo. A liberdade se desdobra em diversos tipos: de pensamento, de opinião, política, religiosa, etc. Todas essas variações tentam localizar nossas possíveis experiências de autonomia e de não dependência. Muitas são as perguntas. A liberdade seria uma experiência da condição humana? Um valor que nos define ou um valor da nossa ação? Somos livres de verdade? Temos limites e o outro tem limites? Será que temos liberdade sobre nosso próprio corpo, nossos pensamentos e nossas ações na sociedade? Para boa parte da tradição filosófica, a liberdade denota a ausência de servidão e estaria ligada principalmente à vontade, ao livre arbítrio, ao prazer de decidir. Ela seria vivenciada no interior do homem. Ou seja, liberdade é o nome que se dá ao fato de que temos autonomia para escolhemos nossos rumos.
Na Grécia Antiga, a liberdade era associada ao ato de pensar, de filosofar. A reflexão racional que o homem faz sobre seus desejos. Ser livre era ser mestre de si mesmo, ter domínio sobre suas ações. O homem, ao filosofar, volta-se para si mesmo e, a partir de então, torna-se livre e responsável pela construção da verdade. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C) disse que “a liberdade é a capacidade de decidir-se a si mesmo para um determinado agir ou sua omissão”. Assim, liberdade é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário. Para Aristóteles, é livre e voluntária a ação que não sofre coações. Sócrates (469-399 a.C.) acreditava que o homem livre é aquele que consegue dominar seus sentimentos, seus pensamentos, a si próprio. É dele a célebre frase: “Conhece-te a ti mesmo”. Uma contradição da época foi a existência da escravidão. A profissão de “pensar” era um exercício de liberdade para os homens livres. O escravo não possuía direito algum, não tinha acesso ao espaço público e sua condição era relegada ao trabalho. Na Idade Média, a sociedade era teocêntrica e recebeu forte influência da Igreja Católica, que pregava que a natureza humana tinha sua vontade determinada por uma natureza superior. Pensadores cristãos buscaram refletir a relação entre liberdade e Deus. A concepção de liberdade tinha a ver com a elevação de espírito, a superação das tentações e dos pecados. Era livre o asceta, o sujeito que buscava a purificação e a oração. Para Santo Agostinho (354-430), apesar de Deus saber o que vamos fazer, ele não controla as nossas ações. A liberdade seria fruto de uma escolha: o homem é livre porque pode escolher entre o bem e o mal. O livre-arbítrio seria uma dádiva de Deus, mas a ação será legítima se guiada pela fé e pelas leis do Criador. Se ele escolher o bem, certamente encontrará a liberdade. Se sua escolha for o mal, a natureza pecaminosa o distanciará de Deus. Posteriormente, Martinho Lutero (1483-1546) acreditava que tudo que acontece com o homem é fruto da soberania de Deus, pois ele não apenas conhece o que se passa com os homens, mas também controla a tudo e a todos.